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Autor: Maria João Matos

A maior parte das vezes surgem problemas de conflito na relação entre pais e filhos, na tentativa da regulação do poder em casa. Mas e então, o que é este poder?

Na família podemos entender o poder como a “influência de cada elemento da família para a realização de algo” considerando a hierarquia de todos os elementos.

Atitudes firmes e a definição de limites são essenciais para promover a autonomia dos filhos e a autoridade exercida pelos pais necessita de ser regulada e flexível de maneira a serem cada vez menos sujeitos a terem que intervir. Esta autonomia deverá ser regulada em função das diferentes situações, dos temas, impedindo a colisão entre a autoridade dos pais e o adolescente com a necessidade de se afirmar, da sua dignidade, da sua auto-estima, confiança com algum controlo que permita o suporte e a segurança de que também ele precisa. Exige que pais e adolescentes não confundam “exercício de pai” com “autoridade” com excesso de controlo ou repressão. Devem claro, pedir responsabilidades aos filhos mas com respeito e capacidade de decisão. Frases como “é assim porque eu quero” ou então “tens de aceitar o que te digo” não ajudam a construção de relações saudáveis entre pais e filhos. Podemos sempre optar por dizer “é a melhor decisão tendo em conta as outras hipóteses”… ou então “mas diz-me quais são os teus argumentos”? ou ainda, “vamos analisar em conjunto todas as hipóteses.”

Negociar é fundamental mas, para que tal aconteça é necessário que exista uma relação de confiança e respeito mútuo. Antes de negociar, é preciso que existam condições necessárias para o compromisso de ambas as partes, caso não existam, ou então por alguma razão considerem que não vão poder cumprir não avancem, voltem à base da negociação. Mas não desistam.

Este desacordo é saúdavel se for motivador da comunicação, do diálogo, mesmo que não surjam consensos nos pontos de vista, permitindo a expressão de todos e a flexibilidade da autoridade.