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Não gosto nada quando os meus pacientes se referem aos medicamentos psiquiátricos como “as drogas”. Explico sempre que os nossos medicamentos são tão parecidos com “drogas” como os medicamentos das outras especialidades. Bem sei que na terminologia técnica “drogas” e “fármacos” são sinónimos. Mas não me deixo enganar… Neste contexto, “droga”  tem aquela conotação negativa da substância proibida que altera a nossa mente, que nos torna dependentes e que nos faz mal. E não é isso que os medicamentos psiquiátricos fazem!

Lá por atuarem no Cérebro e por mexerem nas nossas emoções, os medicamentos psiquiátricos não têm necessariamente os mesmos efeitos das ditas “drogas”. Na verdade, a esmagadora maioria dos medicamentos não dá a sensação de bem-estar imediato que as drogas dão (e por isso quase ninguém abusa deles por prazer) mas também não têm os efeitos nocivos das drogas. Por isso é que se chamam “MEDICAMENTOS”. Se os outros medicamentos da medicina servem para tratar e curar, porque é que estes haviam de ser diferentes?

Às vezes percebo que chamam “drogas” aos medicamentos da psiquiatria porque têm a ideia que eles causam dependência. Se é verdade que uns poucos podem causar dependência, raramente é tão grave que não se consiga parar o seu consumo em poucas semanas! E, na maioria dos casos, conseguimos suspender a medicação psiquiátrica em 1 ou 2 semanas, ficando a pessoa a sentir-se bem.

Não tenha medo das medicações psiquiátricas! Nas mãos das pessoas certas já ajudaram milhões de pessoas!

Filipe Freitas PintoFilipe Freitas Pinto

Coordenador da Unidade de Psiquiatria

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