Se sente dificuldades na sua expressão sexual, não hesite em pedir uma avaliação no âmbito da nossa consulta de Sexologia Clínica, para poder ter rapidamente um plano de trabalho que lhe permita restabelecer um usufruto pleno desta área da sua vida.

 

PERTURBAÇÕES DO DESEJO

Desejo sexual hipoactivo

Mas como é que é possível que eu passe tão bem sem sexo?” (Afonso, 37 anos);

Eu não tenho mesmo vontade nenhuma de fazer amor!” (Carmo, 26 anos);

Por mim… nem sequer tínhamos relações. Bom, talvez muito de vez em quando…” (Beatriz, 39 anos);

 

Estas afirmações parecem-lhe familiares? Acredite que são bastante comuns em consulta, pois acompanham um dos principais motivos de procura de ajuda.

Embora se verifique uma maior incidência deste problema na população feminina, a prática clínica tem vindo a demonstrar um crescente aumento da procura de ajuda por parte da população masculina.

A Perturbação do Desejo Sexual Hipoactivo consiste na diminuição, ou mesmo na ausência, de fantasias e pensamentos sexuais, desejo de se envolver sexualmente com o outro, ou não se sentir de todo disponível para esse envolvimento, sendo causa de grande sofrimento e mal-estar individual e no casal.

Veja o seguinte cenário… o filme repete-se vezes sem conta: Está com o seu parceiro em casa, sozinhos, num ambiente tranquilo e descontraído de final de dia, e ele procura-a na tentativa de se envolverem sexualmente. A última coisa que lhe apetece fazer naquele momento é sexo, nem sequer está a pensar nisso, no entanto tem-lhe vindo a dizer que não nas ultimas tentativas, e tem de decidir o que fazer naquele instante. Se por um lado pode voltar a dizer-lhe “hoje não me apetece”, por outro, pensa que pode “fazer o frete” e ele não a volta a procurar tão depressa. Mas sabe à partida que qualquer das escolhas acaba por ter consequências negativas no vosso relacionamento intimo e na vida de casal, criando anseios, decepções e frustrações que conduzem a conflitos maiores no dia-a-dia em família.

As pessoas com este problema podem chegar ao limite de evitar todo o envolvimento com o parceiro, não lhe tolerando beijos, abraços ou qualquer troca de carícias, com receio de lhe estar a dar esperanças quanto ao poderem vir a ter relações sexuais.

Ao recusarem sucessivamente este envolvimento, sentem que estão a criar um fosso afectivo cada vez maior, mas ao envolverem-se contrariamente, também não se conseguem entregar e retirar prazer dessa experiência. Uma grande insatisfação acaba por ser sentida de ambas as formas, e ela acaba também por ser vivida pelo parceiro.

A pressão é naturalmente intensa e a resolução do problema parece difícil de atingir.

Causas Possíveis

  • Alterações Hormonais: Gravidez e Pós-parto; Menopausa; Hipo e Hipertiroidismo
  • Infecções Ginecológicas;
  • Insuficiência Renal;
  • Neoplasias;
  • Medicação: Anti-hipertensivos; Neurolépticos; Sedativos; Antidepressivos; Anticonvulsivos; Agentes Quimioterapêuticos; Medicação utilizada no tratamento do Glaucoma
  • Consumo de álcool e/ou drogas
  • Estados emocionais de Ansiedade e Depressão;Outras Perturbações Psiquiátricas;
  • Experiências sexuais traumáticas;
  • Conflitos relacionais no casal;
  • Perda de atracção pelo parceiro;
  • Problemas com a imagem corporal;
  • Educação rígida, conservadora e/ou repressiva

 

Aversão sexual

Pernas para que te quero… É fugir, sem olhar para trás!” (Maria Luísa, 31 anos);

É que me mete realmente impressão. É nojento” (Teresa, 25 anos);

 

Quando o contacto sexual se revela um autêntico filme de terror!

Para as pessoas com este problema a actividade sexual é percebida como uma prática repugnante. Qualquer contacto genital com um parceiro é intolerável, horroroso e repulsivo, causando intenso medo e ansiedade, e exigindo ser evitado a todo o custo. Esta aversão ao contacto genital pode ser dirigida a aspectos particulares da experiência sexual, como ver os genitais do parceiro ou cheirar as secreções corporais deste, pode envolver os beijos, os abraços ou as carícias, ou abranger toda a relação sexual.

Nos casos mais acentuados podem mesmo ser experimentados ataques de pânico, náuseas, tonturas, dificuldades em respirar, palpitações ou até desmaios. E é uma perturbação que causa grandes dificuldades no relacionamento interpessoal e acentuado mal-estar individual.

 

PERTURBAÇÕES DO ORGASMO

Feminino

Estamos ali imenso tempo… mas nunca consegui ir dar um passeio às estrelas. Ás vezes penso que só posso ter um problema” (Filipa, 29 anos);

Dizem que é uma sensação de libertação intensa. Gostava de conseguir experimentar isso um dia” (Rita, 24 anos);

Apesar de até conseguirem ter uma vida sexual activa, de terem fantasias sexuais, sentirem desejo e excitação, as mulheres com esta perturbação têm uma grande dificuldade em atingir o orgasmo, podendo mesmo nunca o conseguir experimentar. E quando não o conseguem obter de todo, é comum questionarem-se se são pessoas normais, imaginando-se as únicas a quem o prazer de sentir um orgasmo foi interdito, ou pensar que o problema não está nelas, culpando os parceiros de não terem capacidade de as excitar a esse ponto.

É comum interferir com a imagem corporal da mulher, diminuindo a sua auto-estima, e causando mal-estar individual, bem como criar insatisfações e dificuldades conjugais.

Esta perturbação é uma queixa comum em clínica e afecta maioritariamente mulheres mais jovens, uma vez que a capacidade de atingir o orgasmo tem tendência a aumentar e estabilizar com a idade.

Causas possíveis:

  • Alterações endócrinas;
  • Anomalias congénitas;
  • Infecções vaginais;
  • Problemas neurológicos: Esclerose Múltipla;
  • Problemas vasculares: Aneurisma; Arterite; Arteriosclerose;
  • Medicação: Antipsicóticos; Antidepressivos;
  • Depressão
  • Ansiedade
  • Experiências sexuais traumáticas;
  • Sentimentos de inferioridade;
  • Problemas com a imagem corporal;
  • Educação e condicionamento cultural rígido e/ou negativo;
  • Conflito conjugal;
  • Dificuldades de comunicação no casal;
  • Medo de perder o controlo;

Masculino

Caracteriza-se pela inexistência ou pelo atraso do orgasmo, após um período de excitação sexual normal, sendo a sua manifestação mais frequente a sua ausência durante o coito.

Embora o orgasmo acompanhe geralmente a ejaculação, convém esclarecer que orgasmo e ejaculação são experiências independentes, sendo possível ao homem experimentar orgasmo sem ejaculação ou o seu contrário.

Causas possíveis

  • Doenças neurológicas;
  • Medicação: Anti-hipertensiva; Antidepressiva;
  • Ansiedade
  • Experiências sexuais traumáticas;
  • Expectativas negativas face ao desempenho sexual
  • Problemas de identificação ou orientação sexual;
  • Dificuldades no relacionamento conjugal;

Ejaculação precoce

É tão frustrante… Tenho de arranjar mil e uma maneiras de prolongar a coisa, mas acaba sempre por acontecer mais depressa do que eu quero” (Miguel, 32 anos);

Aquela expressão do… Vai ser tão bom, não foi?… É mesmo a ideal para descrever isto que tenho” (João, 30 anos);

Tenho muito medo que ela se farte! E por isso é que tive mesmo de procurar ajuda” (Luís, 27 anos);

O amor está no ar. Num ambiente envolvente de paixão um casal troca abraços, beijos e carícias, em direcção ao envolvimento sexual. Durante os preliminares tudo corre bem, num continuado aumento de excitação e desejo de ligação, e quando a penetração está prestes a acontecer… surpresa! O homem ejacula, e o romance morre repentinamente ali. Tudo termina mesmo antes de começar.

A Ejaculação Precoce destaca-se como a mais frequente queixa masculina em consulta de sexologia, e assume-se verdadeiramente assim como foi descrita, como uma inconveniente e desagradável surpresa que não pede licença para aparecer. Pode acontecer antes, durante ou logo após a penetração e sempre antes do desejado pelo homem.

É bastante comum surgirem sentimentos de vergonha, insatisfação e frustração, que podem levar o homem a questionar a sua própria virilidade. E a estes juntam-se o evidente medo de ser criticado pela parceira e os sentimentos de culpa por não a ter conseguido satisfazer. A auto-estima é bastante afectada e juntando-se a tudo o resto os seus futuros envolvimentos sexuais são negativamente afectados.

Tal como o homem que é afectado por este problema, também a sua parceira acaba por sofrer bastante com ele, sentindo com frequência perda de confiança em si mesma bem como na sua capacidade de obter prazer. E a perturbação do orgasmo na mulher é uma das disfunções que surge frequentemente como resposta à ejaculação precoce do parceiro.

Causas possíveis

  • Inflamação da próstata;
  • Esclerose múltipla;
  • Hipertiroidismo
  • Hipersensibilidade à estimulação do pénis;
  • Ansiedade
  • Expectativas de desempenho irrealistas;
  • Falta de informação acerca da resposta sexual;
  • Historial de masturbação e ansiedade;

PERTURBAÇÕES DA DOR

Disparêunia

Se ele não se despachar logo preciso de parar porque começa a doer” (Sofia, 27 anos);

O pior é depois, sinto um ardor muito desconfortável” (Carolina, 54 anos);

Embora possa estar presente em ambos os sexos, manifesta-se maioritariamente na população feminina e pode surgir em qualquer altura da vida.

Fala-se em Disparêunia quando está presente uma dor genital constante associada à actividade sexual, que causa desconforto e mal-estar, e que não é provocada pela ausência de lubrificação ou por Vaginismo. Embora se manifeste maioritariamente durante o coito, pode também surgir antes ou depois da actividade sexual ter ocorrido.

Em consequência de ser uma disfunção que implica dor, é comum o evitamento da actividade sexual, despoletando muitas vezes problemas na interacção e no relacionamento conjugal.

Causas possíveis

  • Infecções, Inflamações e Traumatismos vulvo-vaginais;
  • Infecções do tracto urináro;
  • Hipersensibilidade da glande;
  • Alterações Hormonais da gravidez, pós-parto e menopausa;
  • Radioterapia;
  • Alergia aos espermicidas, preservativos e esperma;
  • Experiências sexuais traumáticas;Crenças negativas e conservadoras face à sexualidade;
  • Dificuldades no relacionamento conjugal;
  • Insatisfação marital;

Vaginismo

Trata-se de uma perturbação que afecta exclusivamente a população feminina e que se caracteriza pela presença de contracções involuntárias da musculatura vaginal, dificultando em muito ou chegando mesmo a impossibilitar a penetração vaginal. Embora não implique forçosamente uma sensação de dor, é comum surgir em resposta a uma experiência em que algum tipo de dor foi sentido.

Verifica-se uma maior incidência em mulheres mais jovens, em mulheres que apresentam atitudes negativas face ao sexo ou nas que tenham sofrido algum tipo de trauma sexual.

Sentimentos de vergonha, tristeza e culpa, assim como uma sensação de incompetência são comummente vivenciados pela mulher e interferem ao nível da sua auto-estima. Paralelamente também a auto-estima do parceiro é afectada, acabando este por desenvolver crenças de culpa, de incapacidade de dar prazer à companheira, e/ou crenças de rejeição, interiorizando que não é suficientemente atraente e capaz para despertar nela o interesse e a entrega sexual. E é com certa frequência que estes homens desenvolvem alguma disfunção sexual, como a ejaculação precoce ou a disfunção eréctil.

Embora este problema possa ser identificado durante um exame ginecológico, aquando a introdução do espéculo pelo médico, é mais comum verificar-se exclusivamente durante a actividade sexual, ou aquando a sua imaginação.

Causas possíveis

  • Alterações genitais;
  • Lesões vaginais;
  • Herpes genital;
  • Ansiedade;Perturbação Obsessiva-Compulsiva;
  • Medo acentuado de contrair doenças e/ou engravidar;
  • Educação e condicionamento cultural rígido e/ou negativo;
  • Experiências sexuais traumáticas;
  • Resposta a uma disfunção sexual no parceiro;
  • Problemas de identificação ou orientação sexual;
  • Dificuldades de comunicação no casal;
  • Conflitos conjugais;

PERTURBAÇÕES DA EXCITAÇÃO

Excitação feminina

É usualmente descrita pelas mulheres que dela sofrem como uma insuficiente ou ausente lubrificação vaginal, acompanhada por uma reduzida ou inexistente sensação de excitação, que se mantém durante toda a relação sexual.

Muitas vezes estas mulheres referem que se sentem como “uma máquina com falta de óleo” a cumprir uma qualquer tarefa comum desprovida de emoção, e que em vez de prazer, só conseguem obter desconforto, ardor e/ou dor da experiência sexual. Na maioria dos casos este problema surge associado a dificuldades do desejo e/ou do orgasmo. E é compreensível que perante a ausência de lubrificação, a secura provoque dor, levando ao fim antecipado do envolvimento sexual, ou até mesmo ao seu evitamento.

Causas possíveis

  • Alterações Hormonais;
  • Doenças infecciosas, como por exemplo as Vulvovaginites;
  • Diabetes;
  • Doenças cardiovasculares;
  • Hipertensão
  • Lesões pélvicas;
  • Radiações;
  • Tabagismo
  • Medicação: Antihistamínicos; Anti-hipertensivos; Antidepressivos
  • Depressão
  • Ansiedade
  • Problemas com a imagem corporal;
  • Baixa auto-estima

Disfunção eréctil

Apontada como o grande horror da sexualidade masculina a Disfunção Eréctil afecta cerca de meio milhão de homens em Portugal e cerca de 150 milhões em todo o mundo, verificando-se como um dos mais frequentes problemas em consulta de sexologia.

Caracteriza-se pela incapacidade do homem obter uma erecção adequada e mantê-la até ao final da relação sexual, e é causa de acentuado mal-estar e dificuldades interpessoais. Queixas de ausência total de erecção são raras, sendo mais comum existir uma erecção parcial, com queixas da sua perda mesmo antes da penetração, ou já durante esta fase do envolvimento sexual.

Sou um falhado. Não sou homem não sou nada” (António, 44 anos);

Sinto-me em queda livre… a todos os níveis” (Ricardo,50 anos);

Tenho medo que ela vá procurar noutros aquilo que eu não lhe consigo dar” (Manuel, 37 anos);

Tenho tanto medo de falhar que estou sempre a pensar nisto” (Rodrigo, 41 anos);

Ter disfunção eréctil ultrapassa em muito a perda da erecção. É perder a confiança, a virilidade, a auto-estima e de alguma forma a própria identidade. É um duro golpe no conceito de masculinidade e é assim frequente surgirem sentimentos de tristeza, culpa, insegurança e ansiedade, que em muito perpetuam o próprio problema.

Pode acontecer que um episódio isolado de perda de erecção desencadeie outros. Isto porque o medo de voltar a falhar é tão acentuado que toda a atenção do indivíduo se focaliza no seu desempenho, levando-o a experimentar pensamentos de ineficácia e estados de ansiedade elevados, que ao actuarem como “veneno da erecção” transformam-na numa é uma missão quase impossível. De realçar que a capacidade ejaculatória não está afectada, podendo ocorrer ejaculação mesmo perante uma perda total de erecção.

Causas possíveis

  • Hipertensão
  • Doenças cardiovasculares;
  • Diabetes
  • Insuficiência renal;
  • Doença hepática;
  • Lesões na espinal medula;
  • Esclerose múltipla;
  • Epilepsia;
  • Doença de Peyronie;
  • Obesidade;
  • Álcool e Tabagismo;
  • Medicação: Anti-hipertensivos; Antidepressivos; Tranquilizantes; Medicação Hormonal
  • Depressão
  • Ansiedade
  • Expectativas negativas face ao desempenho sexual;
  • Crenças negativas e conservadores face à sexualidade;
  • Dificuldades no relacionamento conjugal;
  • Problemas comunicacionais com o parceiro;