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Autor: Maria João Matos

De certeza que já ouviu um dos seus filhos adolescentes dizer “ninguém gosta de mim”. Muitos adolescentes preocupam-se em excesso com o que os outros sentem ou pensam sobre eles. Este é um período díficil, um turbilhão de emoções pelo qual todos passamos, e ser amado pelas pessoas certas na altura certa parece sem dúvida o mais importante do mundo. Acontece que muitas vezes este sentimento não é correspondido, e os adolescentes sentem que a sua vida está totalmente arruinada. E os pais? O que podem fazer para ajudar os filhos?

Manter um diálogo aberto, sem crítica, uma postura compreensiva dos seus sentimentos, valorizar as suas preocupações e necessidades são excelentes estratégias para que o seu filho se sinta seguro de forma gradual, mais confiante e construa as suas relações com qualidade. Estes são excelentes ingredientes para que seja um adolescente resolvido emocionalmente e, apesar de se encontrar num período de autonomia, vai sentir-se confortável em recorrer à família sempre que necessitar.

É importante relembrar que faz parte do crescimento dos adolescentes não recorrerem tantas vezes aos pais, pois ficam mais reservados e até parecem não prestar atenção quando lhes falam. É igualmente característico da adolescência que o grupo de amigos passe a desempenhar um papel de maior importância, tendo em conta uma maior identificação, e que de alguma forma se distanciem dos pais.

No que respeita às suas relações com o grupo de amigos, é importante transmitir a ideia de que devem ser como se sentem bem, de terem as suas opiniões ainda que possam ser diferentes, que compreendam que, por vezes, os amigos podem estar menos disponíveis e que é necessário conversar sobre os assuntos para que o entendimento seja possível, respeitando sempre as diferentes forma de estar.

Todos os adolescentes têm preocupações no dia a dia e devem lidar com elas à medida que vão acontecendo. Promova a ideia de que “ninguém tem poderes mágicos” para controlar todos os acontecimentos, ajudando-os a reagir de forma mais tranquila e segura, contando com a ajuda das pessoas mais importantes – a família e grupo de amigos.

Colabore com o seu filho, ajude-o a ser um adolescente mais feliz e a evitar conclusões precipitadas como “ninguém gosta de mim”.