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Autor: Fátima Ferro

Muito se tem falado deste conceito tentando perceber-se aquilo que está certo ou errado, sendo algo que causa alguma insegurança aos pais, que tentam fazer o melhor que podem e que sabem.

Todos sabemos não só pelas nossas experiências, como pelos relatos que ouvimos de familiares e amigos, que perante a mesma situação muitos pais agem de formas diferentes.

Por vezes parecemos alquimistas experimentando isto e aquilo juntando em ensaios tudo o que são os nossos ingredientes, tentando criar a fórmula mágica de resolução de problemas.

Não existe no entanto uma estratégia infalível, há regras básicas que nos demonstraram serem as mais eficazes, mas como cada adulto é único e cada criança é diferente de todas as outras, qualquer regra deverá ser adaptada à situação concreta sendo o bom senso um ingrediente imprescindível.

Cada pai educa o melhor que sabe e pode e não se devem fazer comparações com outros pais ou com outras crianças, pois estas podem traduzir-se em frustrações tanto para estes como para elas.

No processo de educação, a persistência será um dos fatores de maior relevância para se conseguir alcançar os nossos objetivos e deverá traduzir-se num processo de aprendizagem feito de avanços e recuos. Por isso é importante não desanimar e nem desistir nesta árdua tarefa, cada um deve confiar nas suas capacidades e nas potencialidades do seu filho.

Costuma-se dizer que as únicas pessoas que acham que é fácil educar uma criança são as que não tiveram nenhuma, e faz parte do processo de aprendizagem estarem sempre a testar os limites, a desafiar regras tentando perceber onde termina a sua liberdade e começa a autoridade. O grande trabalho da disciplina passa pelo investimento na prevenção numa fórmula essencial de 90% de prevenção e 10% de punição demonstrando-se que aquilo que fazemos tem consequências que podem ser boas ou más.

Não devemos esquecer que não há crianças nem pais perfeitos, é importante conhecer o temperamento dela, o seu grau de desenvolvimento e de maturidade. Quanto mais velha ela for, mais difícil será mudar o que está mal, por isso, o melhor é começar já.

Quanto a nós pais, é fundamental sabermos quais são os nossos pontos fortes e os nossos pontos fracos, quais as nossas limitações, quais os aspetos com os quais sabemos lidar melhor, e quais os que lidamos pior, e quais os momentos em que devemos pedir ajuda.

E não se esqueça, também faz parte do papel de ser pai ou mãe frustrar os seus filhos, eles não podem ter tudo o que querem ou comportar-se sempre da forma que desejam. É importante estabelecer limites pois as crianças precisam deles para se sentirem seguras.

O nosso papel é ensiná-las a lidar com as frustrações e não a evitá-las.

O grande objetivo não é só termos uma criança obediente, é termos crianças capazes de estabelecer os seus próprios limites e as suas próprias regras, emocionalmente estáveis possuidoras de valores fundamentais, e capazes de também elas virem a educar os seus próprios filhos sendo adultos felizes integrados na sua família e comunidade.