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Autor: Francisco de Soure

Quem nos acompanha regularmente sabe que na Oficina de Psicologia somos grandes apoiantes da prática de meditação mindfulness. Mais, convidamos todos os nossos leitores a praticarem-na e a aprenderem mais sobre ela, e esforçamo-nos por proporcionar a todos evidência dos seus benefícios. A mais recente provém da Universidade de Miami, onde se conduziu uma investigação com o objectivo de avaliar o impacto da meditação mindfulness no estudo por parte de alunos universitários. Este é um grupo particularmente propício a fenómenos de dissipação da atenção e de sensação de “mente vagueante”, sobretudo devido ao carácter intensivo de retenção de informação e as horas de leitura a que o estudo obriga. Daqui decorre que, em teoria, este seria um grupo que beneficiaria particularmente da prática de meditação mindfulness.

Para testar a hipótese, os investigadores reuniram 58 estudantes que dividiram em dois grupos com características em tudo semelhantes, mas com uma diferença: um dos grupos recebeu treino em meditação mindfulness durante sete semanas, ao passo que o outro não. No final, os estudantes realizaram um conjunto de tarefas computorizadas concebidas para medir a atenção e preencheram um questionário no qual avaliaram o quão vagueante tinha estado a sua mente. Os resultados obtidos foram consistentes com o que sabemos a respeito da meditação mindfulness. O grupo treinado em meditação aumentou os seus níveis de atenção e não apresentava maiores níveis de vaguear mental. Já os estudantes sem treino tinham a sua atenção significativamente afectada e consideraram de forma mais considerável que a mente vagueara.

A conclusão é clara. Se quer promover os seus níveis de atenção e de foco, em especial se realiza tarefas muito exigentes em termos mentais, medite!