Falha sempre as resoluções? Isto é para si!

Tempo de Leitura: 3 min

Falha sempre as resoluções de ano novo

Compram-se as passas e às 12 badaladas do dia 31 de dezembro é ver-nos a comer uma a uma, de olhar distante e movimento introspetivo. Reconhece o cenário, certo? De facto, na passagem de ano existe uma tendência para estabelecer metas. Nada de estranhar nisto. Afinal, é o fim de mais um ciclo, sinalizado por rituais de passagem, que são, por vezes, importantes para que um ano não seja igual ao outro, promovendo desenvolvimentos e evoluções.

Na antiga Babilónia acreditava-se que o que se fazia no primeiro dia do ano teria um impacto significativo nas nossas ações durante o resto ano. Não temos sido diferentes desde então. Estabelecem-se as ditas resoluções de ano novo, que, segundo dados de investigação, estão maioritariamente relacionadas com saúde e bem-estar (dieta, perda de peso e exercício físico), redução do consumo de álcool e cafeína, parar de fumar e tornar-se financeiramente mais estável, com a promessa de gastar menos e poupar mais.

Na Universidade de Hertfordshire, o professor Richard Wiseman e a sua equipa analisaram uma amostra de 5000 sujeitos, que tinha tentado concretizar as suas resoluções de ano novo. Os resultados revelaram que apenas 10% dos sujeitos conseguiram atingir as metas auto propostas, sendo que mais de 50% nem sequer se conseguiram recordar das resoluções de ano novo. Dos que não conseguiram atingir os objetivos, muitos não tinham um plano para os alcançar; outros tinham tendência a desmotivarem-se e ver apenas o lado negativo de não conseguir o desejado; outros adotavam estratégias irrealistas através da observação de role-models. Pelos vistos, parece que no inicio do ano ficamos enredados numa espécie de pensamento mágico coletivo, que nos alicia com a promessa de um recomeço mais auspicioso.


Estamos aqui para si, numa mudança realista pela sua saúde. Passo a passo. Sem magia, tudo ciência.

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Concentremo-nos agora nos 10% que conseguiram concretizar os seus objetivos. O que será que fizeram de diferente? Neste estudo, entre outras estratégias, os resultados revelaram que estes sujeitos dividirem o seu objetivo principal em objetivos mais pequenos e mensuráveis, sentindo maior auto-eficácia. Com base neste estudo, deixamos-lhe 10 dicas para ser fiel às suas resoluções de ano novo:

Estabeleça apenas um objetivo. As suas hipóteses de ser bem sucedido/a são maiores quando concentra os seus recursos numa única direção.

  1. Não espere até à noite de passagem de ano para estabelecer o seu objetivo. Em vez disso, vá pensando nele com alguns dias de antecedência.
  2. Evite resoluções dos anos passados. Comummente vêm carregadas de frustração e desapontamento.
  3. Não vá atrás dos/as outros/as no que respeita aos seus objetivos. Eles são só seus e deve estabelecê-los de acordo com o que é importante para si.
  4. Divida o seu objetivo em pequenos passos, focando-se na criação de sub-objetivos concretos, mensuráveis e de tempo limitado.
  5. Partilhe os seus objetivos com os seus familiares e/ou amigos. Será mais fácil alcançá-los tendo suporte.
  6. Recorde-se dos benefícios associados aos seus objetivos frequentemente, criando uma checklist com aspetos que melhorariam na sua vida no caso de os conseguir atingir.
  7. Recompense-se sempre que cumprir um dos sub-objetivos, de modo a manter a motivação e a sensação de progresso.
  8. Mantenha um diário ou gráfico do progresso que tem feito.
  9. Tenha em conta que velhos comportamentos podem surgir de vez em quando.
  10. Encare qualquer recaída como parte do caminho até atingir aquilo a que se propôs. Poderá necessitar da ajuda profissional para tomar consciência e mudar determinados padrões de comportamento que são nocivos.

Fonte: Durlofsky, P. (2016). 6 Ways to Create (and Keep) New Year’s Resolutions in 2017. Psych Central. Retrieved on December 28, 2016, from http://psychcentral.com/blog/archives/2016/12/26/6-ways-to-create-and-keep-new-years-resolutions-in-2017/

Rita Torres
Rita TorresDirecção OP Angola; Psicóloga Clínica e da Saúde
2017-03-28T15:25:56+01:003 de Janeiro, 2017|
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