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Cláudia Sintra Vieira

Cláudia Sintra Vieira

Sente que gostaria de aproveitar as coisas positivas da vida mas, inevitavelmente, fica preso a interpretações e sentimentos negativistas?

Como se fosse difícil encontrar algo de bom em pequenas coisas?

De facto, o cérebro é o principal órgão do corpo e a fonte interna principal de bem-estar, eficácia, crescimento pessoal, criatividade e sucesso. E como tal, a melhor forma de desenvolver uma maior felicidade e outras forças interiores é ter experiências positivas e permanecer nelas, de forma a ativar estruturas neuronais e instalar o positivo no nosso cérebro.

Porque é importante a presença de forças interiores na nossa vida?

As forças interiores são recursos internos que nos permitem, muitas vezes, ultrapassar momentos difíceis na nossa vida e que, de alguma forma, vamos desenvolvendo com o passar do tempo e da experiência. Temos como exemplos de forças interiores: emoções positivas, senso comum, integridade, paz interior, determinação, calma, tranquilidade.

Todos nós temos vulnerabilidades e por isso mesmo necessitamos destas forças para lidar com os desafios que a vida nos traz. Se se quer sentir menos stressado, ansioso, frustrado, irritado, deprimido, desapontado, sozinho, culpado, inadequado, aquilo que o vai ajudar é o facto de ter mais forças interiores. Estas são fundamentais para nos sentirmos felizes, produtivos e ter uma vida de qualidade. Estes dados são apoiados por estudos que referem que apenas a presença de uma força interior – emoções positivas – reduz a reatividade ao stress, ajuda a lidar com o sofrimento, promove a resiliência, o bem-estar e uma vida com satisfação.

Então e como posso eu desenvolver e instalar estas forças interiores que se traduzem em felicidade na minha vida?

A reposta pode parecer estranha mas aquilo que tem de fazer é mudar o seu cérebro para melhor, o que Jeffrey Schwartz designou de neuroplasticidade autodirigida. O cérebro é o órgão que aprende, pelo que está programado para se modificar consoante as nossas experiências. Tudo o que fazemos repetidamente, ou seja, tudo o que sentimos, tudo o que queremos, tudo o que pensamos, pode ser um processo lento mas seguramente altera e molda a estrutura neuronal. Quanto mais a atividade mental/neuronal é intensa, prolongada, ou repetida maior a probabilidade de deixar uma marca duradoura na estrutura neuronal.

O que é que isto quer dizer?

Que a nossa Experiência importa!

Não apenas a experiência ou aquilo que sentimos no momento mas os vestígios duradouros que estes deixam no nosso cérebro. As nossas experiências de felicidade, amor, preocupação e ansiedade podem provocar verdadeiras mudanças na nossa rede neuronal.

Se continuar a absorver e a repousar a sua mente na autocritica, preocupação, zanga, sofrimento, stress, então o seu cérebro vai aprender a ser mais reativo e vulnerável à ansiedade, humor depressivo. Haverá, portanto, um maior foco sobre as ameaças e perdas, raiva, tristeza e culpa.

Por outro lado, se repousar a sua mente em boas experiências (alguém foi bom para si, o facto de ter uma casa onde viver), sentimentos agradáveis, ao longo do tempo o seu cérebro vai adquirir uma forma diferente: um cérebro mais resistente e forte, bem como uma perspectiva realista, otimista e um estado de espírito positivo.

No fundo tem de ajudar o seu cérebro a sorrir, a reparar e permanecer no positivo!

Reparar no bom e permanecer nele, fortalece a capacidade de resposta do nosso cérebro, fazendo com que a felicidade se torna cada vez mais incondicional e cada vez menos baseada nas condições externas.

Mesmo que hoje a sua mente lhe diga que isso é impraticável …

Nós dizemos: Tudo é possível!