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O stress. Já todos ouvimos falar. Este é o protagonista do filme da sociedade de hoje, acabando por funcionar como causa e consequência de uma grande variedade de sintomatologia apresentada por graúdos mas também por miúdos. Crianças, perguntam? Sim, o stress afecta também a população infantil. Quais as causas? Pode prevenir-se o stress infantil?

O stress implica a conjugação de vários factores. Um acontecimento (como a separação dos pais, a morte de um ente querido, bullying, mas também o nascimento de um irmão/irmã ou actividades em excesso) pode alterar o equilíbrio da criança. O desequilíbrio resultante reflecte-se em sinais que podem passar por ansiedade, choro frequente, irritabilidade, agressividade, perda/ganho de peso, distúrbios do sono, comportamentos regressivos, entre outros, que, por sua vez, perturbam a capacidade de adaptação ao acontecimento inicial.

A infância, dadas as constantes tarefas de desenvolvimento e o permanente processo de mudança, poderá, em determinados casos, desencadear uma resposta de stress, causando mal-estar e angústia, e cujo estímulo nem sempre é identificado pela criança ou por aqueles que a rodeiam.

A conduta adaptada e saudável depende dos factores de risco, e de os factores stressantes serem poucos e manterem níveis que possam ser enfrentados com sucesso pela criança. Esta deverá dispor de recursos protectores que deverão ser numerosos, de modo a ultrapassar os factores de risco. Entre os recursos protectores destacam-se os internos da criança (como a auto-estima, a capacidade de resolução de problemas…) mas também o apoio familiar, as relações de vinculação, a aceitação dos pares, entre outros.

Os pais poderão ajudá-la a lidar com o stress potenciando relações de afectividade familiar, bem como relações de amizade, proporcionando estabilidade e informação quando tem lugar um acontecimento de vida gerador de stress, trabalhando com a criança a regulação das diferentes emoções e as competências sociais e de solução de problemas, estando conscientes de que são o primeiro modelo e apoio na vida dos mais pequenos. A ajuda terapêutica deverá ser procurada sempre e caso seja necessário.