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Autor: Joana Fojo Ferreira

Estão três pessoas a pôr tijolos e passa um homem que pergunta a cada uma “o que é que está a fazer?”. A primeira responde “estou a assentar tijolo”, a segunda responde “estou a montar uma parede”, a terceira responde “estou a construir uma catedral”.

 

Quando olha para a sua vida o que é que vê? No que é que está a investir?

Facilmente caímos no erro de achar que a vida é o que é e que não temos qualquer poder sobre ela, mas será de facto assim?

Na história inicial, três pessoas, de um ponto de vista externo, partilham a mesma realidade, estão a pôr tijolos, mas de um ponto de vista interno, cada uma tem diferentes perspectivas do que está a fazer, dá um significado diferente ao seu trabalho, o que sugere uma postura diferente perante a vida.

A primeira parece olhar o mundo de um ângulo muito estreito, focada na tarefa mas com pouca visão da imagem maior, do objectivo, do propósito. Há momentos em que este modo é importante, focarmo-nos no aqui e agora, sem passado nem futuro, a estar simplesmente; mas é arriscado estarmos sempre aqui; perdendo o objectivo maior, a visão macro, corremos o risco de desmotivar, perder o rumo, perder o sentido da vida.

A segunda já parece ter aumentado um bocadinho o ângulo, já tem esta perspectiva maior, já há um propósito, um objectivo; a esta o que parece faltar é a visão mais sonhadora, mais idealista; há uma ideia dos objectivos intermédios mas faltam os objectivos maiores, os projectos de vida.

A terceira parece ter o ângulo mais abrangente; há um projecto de vida no qual está a investir, para o qual está a trabalhar. Há também um potencial risco nesta postura; se ficarmos só pelo objectivo último, sem investir nas capacidades e ferramentas que precisamos para o alcançar, corremos o risco de nunca o realizar. Não parece contudo ser o caso aqui, há um sonho mas há também o pô-lo em prática e começar a construí-lo do princípio.

Clarificadas estas três formas de estar e olhar para a vida, urge questionar:

Primeiro, onde é que eu me coloco? E segundo, o que é que eu quero fazer da minha vida? Quero assentar tijolo, montar uma parede ou construir uma catedral?