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António Norton

António Norton

Muito se fala sobre o termo Procrastinação, mas afinal o que significa realmente esta palavra?

 

Procrastinar consiste em atrasar ou adiar, sistematicamente, a realização de actividades relevantes.

Sabia que existem diferentes tipos de Procrastinação?

Nós, os psicólogos, diferenciamos a Procrastinação em duas categorias distintas, sobrepostas: a procrastinação de manutenção e a procrastinação de desenvolvimento.

 

A procrastinação de manutenção surge quando as pessoas adiam actividades consideradas de manutenção, como por exemplo, deixar o quarto chegar a um estádio crónico de desarrumação incontrolável; deixar empilhar a loiça no lava-loiças; entregar os livros na biblioteca muito depois do prazo; tirar fotocópias apenas na véspera dos exames ou estudar para determinadas cadeiras apenas antes dos exames, entre muitas outras situações.

 

A procrastinação de desenvolvimento surge quando as pessoas adiam actividades de desenvolvimento que poderão levar a uma melhoria das condições de vida, das condições psicológicas ou de outras formas de proveito pessoal.

As pessoas que apresentam este tipo de procrastinação vêem-se com dificuldades em encontrar formas de alegrar as suas vidas e melhorar a sua aceitação pessoal, a sua auto-estima, a sua sensação de auto-eficácia e as competências sociais ou profissionais, podendo chegar a entrar em estádios graves de depressão e consequente imobilização e frustração.

 

Um dos comportamentos mais típicos da atitude de Procrastinação é o de priorizar tarefas de baixa prioridade (menos importantes), em detrimento das actividades de elevada prioridade (mais importantes).

Vou procurar clarificar com um exemplo: socializar com colegas, quando temos um projecto para entregar na próxima semana; ver televisão ou jogar computador em vez de estudar; falar de assuntos superficiais com a namorada em vez de aprofundar os assuntos e preocupações relacionados com a relação; ou arrumar o quarto e organizar tudo ao ínfimo pormenor, mas sem estudar.

 

Qualquer acto de procrastinar está relacionado com a decisão de adiar. O adiar de algo proporciona geralmente um alívio temporário imediato, mas a longo prazo poderá trazer sentimentos de ineficácia, culpa, inadequação, autodepreciação, depressão, incerteza, ansiedade, para além das consequências adversas que resultam do não cumprimento das tarefas pré-estabelecidas: oportunidades desperdiçadas, fraco desempenho, notas baixas, aumento de stress, sensação de falta de domínio ou controlo, deixar de conseguir acompanhar os assuntos. Uma das consequências mais preocupantes da procrastinação é a possibilidade de interferir, facilmente, com o sucesso académico e pessoal das pessoas e dos estudantes, em particular.

 

Como tudo na vida, existem níveis de intensidade da atitude de procrastinação. A procrastinação constitui um problema psicológico sobretudo quando afecta a auto-estima, os sentimentos de valor e de controlo pessoal e de auto-eficácia.

 

Se sofre de procrastinação e sente que a sua auto-estima está a ser prejudicada o melhor será procurar um Psicólogo. Na Oficina de Psicologia encontrará a resposta certa.

Não procrastine mais e procure uma solução para a sua procrastinação