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Filho hiperactivoA Perturbação da Hiperactividade com Défice de Atenção (PHDA) é um tema de grande controvérsia: um pesadelo para a criança que sofre… A situação  é igualmente difícil para aqueles que a rodeiam.

Esta perturbação é mais comum do que pensamos e extremamente difícil de gerir para os pais, que muitas vezes não sabem como ajudar a criança a acalmar-se!

É difícil reconhecer um filho inquieto como sofrendo de PHDA. O diagnóstico é baseado em critérios específicos, abrangendo tanto o défice de atenção como a própria hiperactividade.

Sinais que poderão ser indicadores de uma possível PHDA no seu filho:

•     Está sempre inquieto;

•     Está constantemente com arranhões e contusões;

•     Sempre que está sozinho, algum problema acontece;

•     É difícil de o controlar quando está em contextos sociais;

•     Na escola é muito perturbador e sofre de falta de concentração;

•     Parece indiferente ao perigo e em correr riscos desnecessários;

•     Não consegue manter sua atenção focada num ponto preciso mais do que alguns minutos;

  • Não consegue concentrar-se em tarefas e brincadeiras – inclusivamente dificuldade em esperar pela sua vez nos jogos com os pares;
  • Parece que não ouve nada o que lhe dizem e depois interrompe com facilidade o discurso dos outros;
  • Perde objectos e os seus pertences com grande facilidade.

Existe essencialmente uma base comum entre a hiperactividade e as irrequietudes infantis: a incapacidade de ter calma e dificuldade em manter o foco!

Existem as crianças naturalmente inquietas, não por causa de uma doença real, mas por vezes devido a uma educação inadequada, onde as crianças não aprenderam a gerir as suas emoções e são facilmente frustradas, o que provoca problemas específicos como a agressão. Outras vezes, a irrequietude da criança é uma reacção induzida por um evento pessoal ou familiar: divórcio, depressão num dos elementos parentais, entre outros.

O diagnóstico de PHDA com traço orgânico – de causas genéticas e emocionais – pode ser confirmado por testes neurológicos e o seu tratamento requer apoio a longo prazo.

E o que pode fazer já?

Em casa é imprescindível estabelecer limites, elogiar o seu filho sempre que consegue terminar uma tarefa, repetir o seu discurso todas as vezes que sejam necessárias, limitar os estímulos de forma a controlar a distracção e na sala de aula é importante que a criança se sente nos primeiros lugares e longe da janela.

A psicoterapia é a pedra angular do tratamento – um acompanhamento individual ou familiar, dependendo da causa da hiperactividade. Para tratar eficazmente esta perturbação, ainda que com o recurso a tratamentos farmacológicos, estes não devem ser utilizados sozinhos, mas sempre combinados com a psicoterapia, envolvendo o contexto familiar e o escolar.

 

Autor: Vera Lisa Barroso