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Joana Fonseca

Joana Fonseca

Esta é uma questão por vezes difícil de colocar – por orgulho, por preconceito, por medo do que os outros possam pensar… Muitas vezes é de outra pessoa que a ideia pode surgir, mas a questão terá de ser sempre colocada pelo próprio. Na maioria das vezes a ajuda só pode ser recebida quando se pede. Só que, para muitas pessoas, pensar em pedir ajuda implica novas preocupações. Podem surgir outras questões, como “o que vão ficar a pensar de mim?”, “será que vão pensar que não sou capaz de fazer nada sozinho?”, “será que vão gostar menos de mim?”…

Para muitos, existe a crença de que pedir ajuda é um sinal de fraqueza. Contudo, é exatamente o contrário, pois implica a aceitação de si próprio e coragem para se expor a outra pessoa.

Quando não pede ajuda, a pessoa corre o perigo de viver o seu problema na solidão. O segredo, e a falta da visão do outro, aumentam o problema, podendo torná-lo gigante.

Primeiro, é importante tentar aceitar que “não é perfeito”. Procurar perceber que é um ser humano, e que por isso precisa das outras pessoas. De seguida, pedir ajuda implica, através de um exercício de introspeção, olhar para dentro e perceber o que falta, porque não está satisfeito. Quando já tiver percebido o que precisa, antes de ir ter com a outra pessoa, pense na melhor forma de expressar o que está sentir, pense nas palavras que vai utilizar, pois por vezes pode ser difícil verbalizar algo que é mais íntimo.

Pedir ajuda implica sair de si e ir ao encontro do outro. Escolha a pessoa certa, alguém em quem confie e que o possa ajudar exatamente naquilo que precisa. Pode ser um amigo, um familiar, um psicólogo…

E por fim, basta pedir. Quando se partilha com o outro, é como se o peso se dividisse, fica-se mais leve. Somos seres relacionais, o que significa que, quando trabalhamos juntos para alcançar bem-estar, somos muito mais fortes.

Vença o medo ou a vergonha, e fale com alguém. Não tenha receio de perguntar a si próprio: será que preciso de ajuda?