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Autor: Susana Matos

“Eu sou assim…sou muito emocional!…”

Todos conseguimos reconhecer que algumas pessoas vivem as suas emoções de forma exageradamente intensa. Embora existam apenas, segundo alguns autores, cerca de 11 emoções fundamentais  – alegria, interesse, excitação, surpresa, cólera, desgosto, desprezo, medo, vergonha e culpa -, a verdade, é que estas ainda se podem combinar de variadíssimas formas, criando estados emocionais muito complexos. Talvez, por isso mesmo, seja tão difícil identificarmos algumas das emoções que sentimos.

As pessoas que vivem uma espécie de “turbilhão” emocional são hipersensíveis e menos capazes de gerir os seus estados de espírito e, consequentemente, o seu comportamento pode tomar proporções devastadoras para si próprio e para os outros. Apesar de, muitas vezes, acabarem por se arrepender profundamente de algumas das suas atitudes, parecem não conseguir controlar estes arrebatamentos emocionais.

Ser escravo das emoções é não viver plenamente o seu sentido de liberdade pessoal. A intensidade com que se vivem as emoções contamina os nossos pensamentos, as nossas acções e as nossas escolhas. Muitos poderão, então, afirmar: “mas ele(a) sempre foi assim…”, “faz parte da sua maneira de ser”, como se, de certa forma, esta espécie de “bagagem” fosse uma característica que teríamos de carregar pela vida fora.

A verdade é que podemos, de facto, melhorar de forma surpreendente a nossa capacidade de gerir as emoções. Se se identifica com esta montanha-russa de emoções, é importante que pondere acerca do seu funcionamento e suas repercussões. O apoio psicoterapêutico, combinado com outras técnicas, poderá permitir-lhe que desenvolva estratégias para viver a sua vida de forma mais livre e plena.

Não devemos suprimir as nossas emoções – são elas que dão o colorido às nossas vidas! – , mas não devemos agir levados pela emoção, a custo de ficarmos imersos e perdidos nos acontecimentos.