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Autor: Joana Leão

Podemos de forma simplista definir a arte de comunicar como sendo um processo que permite a troca de informação, opinião, sugestão ou qualquer outro tipo de interacção, verbal ou não, entre duas ou mais pessoas, numa determinada situação.

Consiste, também numa troca de ideias, sentimentos e experiências entre pessoas que conhecem o significado da mensagem transmitida transformando-se assim num processo em que as acções desencadeiam respostas no outro! E pode ter ainda como função um cariz informativo, persuasivo, motivacional, educacional socializante ou mesmo lúdico.

Apesar de toda esta conceptualização teórica sobre a comunicação, não se consegue efectivamente atribuir a importância que ela merece…

Se por um lado comunicar é uma arte natural, por outro e por ser um dado garantido, tende-se a desvalorizar e nesse sentido não utilizar todas as suas potencialidades ou então e também muito frequente a dar lugar a erros de comunicação muito constrangedores e potenciais de conflito!

Penso que pelo impacto, a forma verbal de comunicar é hipervalorizada em detrimento da comunicação não verbal e da paralinguística! Contudo quando nos dirigimos verbalmente a alguém já possuímos um enorme conjunto de elementos e de troca de informações não verbais (ex: roupa, postura, adornos, etc.).

Para me referir a erros de conteúdo da comunicação desafio a um pequeno exercício: escolham um objecto com textura ou padrão… coloquem-no em frente a si a uma outra pessoa… peçam uma descrição pormenorizada… avaliem se vêm o mesmo… Provavelmente vêm o mesmo de forma geral, ou seja, reconhecem a funcionalidade do objecto e o objecto em si mas as particularidades são sempre diferentes… depende da perspectiva…

Onde quero chegar?

Se a informação que temos das coisas é baseada em percepções da realidade e não em verdades absolutas, quando comunicamos este é um dos maiores erros de comunicação… ou seja, partir do princípio que a nossa perspectiva é factual e a única verdadeira… Paralinguisticamente a comunicação ainda se torna mais subjectiva… Ou seja, a entoação das palavras, o tom como são proferidas contribuem para o significado da mensagem verbal mas mais uma vez, interpretadas de acordo com a referência subjectiva do receptor da mensagem…

Complicado o suficiente? Nem pela metade na minha opinião…