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Cláudia Pereira

Cláudia Pereira

Segundo a Organização Mundial de Saúde prevê-se que em 2020, o número de idosos atinja os mil milhões em todo o mundo, isto é, o dobro do que existe atualmente. Na verdade, as novas descobertas científicas têm vindo a responder ao que parece ser um desejo de toda a humanidade: prolongar a sua longevidade.

No entanto, torna-se necessário tornar uma longevidade maior numa longevidade mais saudável, com uma maior qualidade de vida, quer em termos sociais, quer em termos psicológicos e funcionais.

Na realidade, o envelhecimento é um processo natural, progressivo e inevitável. Com o passar dos anos, o ser humano vai sofrendo diversas alterações, que variam de indivíduo para indivíduo, nomeadamente, funcionais (referentes à capacidade para desempenhar de forma satisfatória as atividades do dia-a-dia), motoras, psicológicas, fisiológicas e sociais.

Aliadas às alterações supra indicadas e provavelmente consequência das mesmas começa a instalar-se uma maior tendência para o sedentarismo, o isolamento social e uma maior susceptibilidade a certas doenças, o que leva, muitas vezes, a uma perda da qualidade de vida.

A consciência de tal situação, impõe orientações que combatam e contrariem tal tendência invertendo os seus efeitos. Neste contexto, ganha destaque a atividade física que segundo vários estudos traz inúmeros benefícios, como por exemplo:

– Promove a troca de experiências;
– Diminui os sentimentos de isolamento e solidão;
– Reduz o risco de doenças cardiovasculares, hipertensão, osteoporose, obesidade, cancro da mama, cancro do cólon;
– Reduz a ansiedade e a depressão;
– Reduz o risco de quedas;
– Previne ou atenua as limitações funcionais;
– Impede ou atrasa a deterioração cognitiva;
– Melhora o sono.

No entanto, é essencial conhecer a quantidade e as características da atividade física, pois se por um lado esta é benéfica para a saúde, por outro, a sua prática exagerada pode aumentar a probabilidade de lesão.

Resumindo, nunca é tarde para se tornar fisicamente ativo e acrescentar vida aos anos e não apenas anos à vida!


Referências Bibliográficas: Nelson, M.E, Rejeski, W. J., Blair, S. N., Duncan, P. W., Judge, J. O., King, A. C., Macera, C. A., Castaneda-Sceppa, C. (2007). Physical Activity and Public Halth in Older Adults: Recommendation from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association. American College of Sports Medicine and the American Heart Association, 1094-1105 Doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.107.185650