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Autor: Lúcia Bragança Paulino

Deixar os filhos ganhar autonomia não é um processo simples nem tão pouco consciente. Na prática clínica tenho-me deparado com bastante resistência nos pais no dar asas aos filhos para que aprendam a tomar decisões autonomamente e ainda que sejam responsáveis por essas decisões. A falta desta autonomia vai prejudicar em muitas situações do quotidiano e em vários contextos, passando muitas pela tomada de iniciativa em situações de responsabilidade dos jovens.

Muitas vezes os jovens precisam de orientação para conseguirem tomar decisões ou mesmo para assumirem compromissos e por vezes esse processo passa por um nível de autonomia que ainda não foi atingido. Mais tarde ou mais cedo os filhos vão precisar de aprender a “voar” sozinhos e não bastará que sejam “empurrados” em situações de tomada de decisão cruciais. É um processo que leva tempo, não é instantâneo.

Não será assim justo exigir aos jovens uma autonomia, organização, planeamento de tarefas e execução de planos que não lhes foram ensinados. São funções complexas do nosso pensamento que exigem treino e desenvolvimento.

Pelos 15 e pelos 18 anos são exigidas aos jovens decisões fundamentais para o resto das suas vidas. Nesta altura torna-se indispensável uma boa orientação da parte dos pais e da escola no sentido de facilitar o conhecimento de todos os caminhos que um jovem tem à sua escolha.

O que acha, o seu filho já aprendeu a “voar” sozinho?