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“Isto é tudo da minha cabeça”!”

Bem, tem razão… Se por ‘cabeça’ se estiver a referir ao cérebro, claro, e não se achar que, de alguma forma, está a imaginar ou, pior do que isso, está a produzir reacções por inércia ou falta de força de vontade.

Assim como o coração tem por função última fazer-nos correr o sangue nas veias, o cérebro tem por função gerir tudo o que se passa connosco, como se fosse o nosso super-computador. E quando dizemos tudo, estamos a incluir as componentes ditas psicológicas: pensamentos, emoções, actos. Mas há uma diferença fundamental entre o cérebro e os outros órgãos do corpo: o cérebro tem a capacidade de se modificar a ele próprio, de acordo com as experiências que vamos tendo e a forma como vamos lidando com essas experiências. E isso é tão fantástico que é quase mágico!

A essas modificações falta-lhes é uma certa moralidade orientadora – o cérebro tanto aprende o “bom” como aprende o “mau”. Aprende um modo sereno ou aprende um modo ansioso. Aprende espirais negativistas ou espirais conducentes ao bum humor. Aprende com aquilo que praticamos e permitimos. Por isso, e de acordo com os mais recentes dados da investigação em neurociência, a boa terapia inclui, de uma forma mais directa ou mais subtil, estratégias e exercícios que visam a “educação” do cérebro, ou seja, que o ajudam a desinstalar hábitos mentais, emocionais ou comportamentais que não são saudáveis e a substituí-los por hábitos que cumprem os seus objectivos.