Confiança, cumplicidade e comunicação: 3 C’s da Intimidade

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Intimidade

Não existem relações iguais, cada história de amor implica desafios próprios. Faz parte da relação conjugal a intimidade física e emocional. Não ajuda em nada a comparação com outros casais. Uma relação com elevados níveis de intimidade é aquela em que é possível cada um dos membros revelar-se, mostrar as suas vulnerabilidades, confiando que quem nos ama, nos aceita e quer ficar do nosso lado.

Em qualquer relacionamento a intimidade é fundamental. Ela não deve ser pensada apenas no contexto sexual, mas sim alargar-se a questões como a confiança e a cumplicidade o que é possível através de uma boa comunicação. Ser íntimo é conhecer bem o outro, as suas necessidades, os seus sentimentos. Ser íntimo significa ter abertura com o outro, sentir-se à vontade ao lado do outro, significa estar conectado com o outro, estar ligado a alguém de forma especial, sem medos, sem segredos.

Tornarmo-nos íntimos é dar-nos a conhecer mútua e profundamente. Tornarmo-nos íntimos é aceitar o outro e moldarmos o nosso comportamento. As mudanças de comportamento no casal são necessárias à relação, mas devem ser consensuais de modo a gerar harmonia, encontrando-se um ponto de equilíbrio. E isto é válido para qualquer aspeto da intimidade do casal, incluindo a intimidade sexual. Quando um casal desenvolve a sua intimidade está a ganhar qualidade na sua relação.

Quando não alimentada a nossa intimidade, a nossa relação pode ser posta em causa. Na ausência de intimidade podem surgir diferentes problemas na relação. Incentivar a intimidade é permitir exprimir sentimentos, é ter a sensação de que o outro realmente nos entende e ao mesmo tempo potenciar uma vida sexual prazerosa.  Viver numa relação duradora exige trabalho, requer esforço, adaptação, cedência. Uma relação depende da atração física, da sedução, da vontade de surpreender, compreender e respeitar o outro pelo que ele pode ou não gostar. Na ausência de intimidade a pessoa esconde-se, defende-se, vive com medo que o outro aceda às suas fragilidades.

A intimidade permite-nos perceber que existe espaço para as nossas imperfeições e que não é preciso estar sempre a agradar. A intimidade implica cumplicidade… confiança… comunicação…

Patricia Alves
Patricia AlvesPsicóloga Clínica e da Saúde
2018-12-30T01:24:04+00:003 de Fevereiro, 2018|
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