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Autor: Valdeci António dos Santos

Muitas vezes as dúvidas aparecem nas pequenas escolhas, como por exemplo: escolher entre este ou aquele caminho, uma ou outra roupa, ficar em uma ou outra fila no caixa, comer ou não um  alimento, e outros tantos mais. O problema ocorre quando as consequências são mais complexas, valiosas ou definitivas, como, escolher uma profissão, encarar o desafio de um novo emprego ou ficar com a estabilidade do antigo, encontrar uma pessoa para um relacionamento amoroso, casar, ter filhos, separar, mudar, etc..

Mas, o que está por detrás de tantas dúvidas?

São muitas possibilidades, muitas motivações, desejos e necessidades e principalmente diversos critérios envolvidos por valores éticos, morais, religiosos, culturais, sociais e pessoais a serem definidos para se chegar a uma escolha congruente com o sentimento, sendo este, um importante motivo de incerteza. Por isso, buscamos fazer uma escolha e nos sentirmos bem com a decisão tomada.

O apoio de pessoas significativas e o tempo para a decisão são fundamentais para a escolha. Porém, geralmente a decisão é mais complexa do que se imagina, até porque se fosse simples, não geraria dúvidas.

A motivação é  um aspecto importante na hora de uma decisão, uma vez que é pela motivação que resulta a direção e a intensidade para as ações.  A dificuldade ocorre, quando os motivos são conflitantes, ou quando o estado emocional afeta a autoestima e, portanto, a motivação. Vale lembrar que a falta de experiência em uma atividade e a necessidade, ou desejo, também afetam a motivação.

As escolhas são mais simples quando o risco é menor. Porém, mesmo diante de simples decisões, há sempre que se avaliar: o momento, o contexto, os sentimentos e as consequências, tanto para si, quanto para os outros, além de inúmeros outros fatores determinantes de uma “simples escolha”.

Somado a tudo isso, temos ainda que considerar algumas características de personalidade que interferem nas tomadas de decisões, como por exemplo:  pessoas que pensam que não podem errar, e que por isso, não conseguem escolher, quando o erro é uma possibilidade real. Pessoas que querem sempre agradar aos outros e que estão sempre abrindo mão de suas escolhas; ou, as que só pensam nos interesses próprios, não medindo as consequências para os demais envolvidos em suas decisões, pessoas que não admitem perder e que por isso, têm tantas dificuldades em escolher, até porque, escolher significa abrir mão da outra possibilidade, tem ainda, aquelas que querem que tudo aconteça do seu jeito e no seu tempo. E por aí vai…

Diante das escolhas, caminhamos assim, do extremo entre a estagnação e a impulsividade.  Mas, no intervalo desses extremos, podemos contar com a parcimônia, a ponderação, a paciência, o equilíbrio, a sensatez, a empatia, a maturidade, o discernimento, a sabedoria, a razão, a inteligência e outras tantas habilidades e valores importantes, capazes de serem trabalhados, explorados e praticados para uma escolha criativa, espontânea, assertiva e congruente com os sentimentos e as relações.
Portanto, desenvolva o que há de melhor em você e seja feliz com suas escolhas.