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Inês Afonso Marques

Inês Afonso Marques

Crianças que evitam situações assustadoras tendem a desenvolver sintomas ansiosos. É esta a conclusão de um estudo levado a cabo pela Mayo Clinic, com 800 crianças entre os 7 e os 18 anos, focado na medição do evitamento em crianças.

O resultado considerado mais surpreendente relaciona-se com o facto da medição do evitamento poder também predizer o desenvolvimento da ansiedade. Neste estudo, as crianças que na fase inicial descreveram comportamentos de evitamento, tenderam a sentir-se mais ansiosas um ano mais tarde. Uma das vantagens da abordagem em estudo, será a possibilidade de identificar crianças em risco de virem a desenvolver uma perturbação da ansiedade.

O estudo reforça que as crianças que tendem a evitar situações temidas, não têm a oportunidade de se deparar com os seus medos, não tendo a possibilidade de aprender que os medos podem ser controlados.

Há medos que são típicos de algumas fases de desenvolvimento, mas nalgumas crianças a força desses medos cresce no seio de uma perturbação ansiosa. Quando as crianças começam a evitar situações que interpretam como perigosas, a ansiedade pode tornar-se particularmente incapacitante, impedindo muitas vezes a participação nas actividades quotidianas.

Poderá ler em detalhe o estudo através do link:
http://www.mayoclinic.org/news2013-rst/7365.html?rss-feedid=9

E já que falamos em ansiedade, recordamos que quando os sintomas ansiosos interferem no quotidiando da criança, afectando as suas relações na escola e na família, as suas amizades e a sua vida social, pode ser importante a procura de ajuda profissional.

Com a ajuda de um Psicólogo, a criança aprenderá a:

  • Identificar formas negativas e inimigas de pensar;
  • Descobrir a relação entre aquilo que pensam, como se sentem e aquilo que fazem;
  • Procurar provas que sustentem, ou não, os seus pensamentos;
  • Desenvolver novas competências para lidar com a ansiedade.