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Maternidade é das mãesSou psicóloga e mãe, e há alguns anos estava fazendo a inscrição à uma palestra que tinha como subtítulo: “Que tipo de mãe você quer ser?” e confesso que essa pergunta me incomodou bastante. Afinal, será que existem alguns modelos de mãe que a gente precisa escolher para exercer a maternidade?

Além de cuidar de um filho, da carreira e do casamento, e da vida social, nós mamães ainda temos que nos adequar a um tipo específico de mãe? Lembro que antes de ser mãe, li muito, fiz curso para gestante e jurei a mim mesma que não ia dar iogurte pra minha filha pequena, nem ia deixar ela ver vídeos no meu celular…até que ela nasceu, está crescendo e a vida real chegou.

É claro que existe um ideal, mas o que percebo é que sair um pouquinho desse ideal é libertador para as mamães e pode ser divertido para o filho. Pensa na cena: a mamãe está sobrecarregada de trabalho, tentando fazer o imposto de renda ou preparando o almoço, e, para ter alguns minutos de sossego, ela deixa o filho ver um pouquinho de YouTubeKids. O que de pior que pode acontecer? O mundo não vai acabar, e os planos de faculdade pra ele não vão desmoronar por conta disso!

Existem vários tipos de mães e, na minha experiência clínica percebo que o mais importante são os laços de afeto, a presença, a disciplina para ajudar seu filho a ser feliz! A maternidade por si só já é um grande desafio porque nos deparamos com a novidade de aprender a ser mães, e ainda precisamos reaprender a ser profissionais e esposa ou namoradas.

Tem coisas que ninguém conta, como as dificuldades da amamentação, mas também não contam que o relacionamento com os outros e com nós mesmas é muito impactado. Com o passar do tempo, descobrimos uma força quase que sobrenatural ao conseguir ir trabalhar após uma madrugada insone, acudindo chorinho, pedidos de mamadeira, tosse de bronquite e outros tantos chamados de “Manhêê!” dos nossos filhos.

Então, para responder a pergunta inicial, penso que quero ser uma mãe que sabe usar a força interna que tenho para fazer uma família feliz, investir na minha carreira e em mim mesma.  Ser um modelo para minha filha, para inspirar nela autoconfiança para que ela vá em busca de suas realizações pessoais.

Maternidade não precisa ser um molde a ser preenchido com nossas ansiedades e angústias. Pode ser um meio de muita aprendizagem para a mulher, que com autoconhecimento tem a oportunidade de se redescobrir. Por isso, maternidade é para as mães, para que elas possam ser ouvidas nas suas inseguranças, acolhidas e orientadas quando necessário.

Com essas e outras questões para as mamães, eu e minha colega Andrea Aguiar, ambas psicólogas da equipe da Oficina de Psicologia, vamos participar do 2º Seminário promovido pelo Move Mulher: Maternidade e Seus Desafios”, que será realizado no dia 19 de maio, em Belo Horizonte.Temas como sexualidade, relacionamento, organização financeira e carreira serão abordados enquanto os filhos curtem o espaço kids, e muito mais!

Fica o convite para a oportunidade de trocar informações, nos conhecer pessoalmente e ainda aproveitar o espaço da beleza e fazer umas comprinhas!

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