Autor: Fabiana Andrade
Estamos no início de um novo ano e para a maioria das pessoas esta é uma altura de decisões, balanços e, quem sabe, algumas mudanças! E exatamente por isso é uma ótima altura para aplicar uma nova máxima fundamental: amar mais a mim mesmo.
E o que é isso? Como sei se me amo? Parece uma questão simples e básica, mas muitas vezes a maioria das pessoas não sabe o que é amor-próprio e nem em que tipo de comportamentos ele está representado.
Amor-próprio é uma aceitação incondicional de mim mesmo. Imagine uma “voz” dentro da sua cabeça constantemente apoiante, positiva, construtiva, que diz sempre aquilo que precisa de ouvir para se sentir bem consigo mesmo. Agora olhe para a sua habitual voz, é assim ou é mais crítica? É mais positiva ou negativa? Quantas vezes é mais tolerante e positivo com os outros do que consigo mesmo?
Na maioria das vezes a nossa tendência é termos uma “vozinha” dura e crítica cá dentro, sempre pronta a ter uma palavrinha pessimista ou negativa para nós.
E que tal se este novo ano realizasse uma mudança neste cenário? Mas como o fazer?
Vamos usar o mindfulness (se não sabe do que se trata, espreite este artigo) para estarmos mais conscientes dos nossos pensamentos críticos e destrutivos e, ao fazê-lo, seremos mais capazes de os interromper. Mindfulness é atenção plena. Ao praticarmos estaremos a ampliar a nossa consciência e conseguiremos observar os nossos pensamentos, emoções e sensações.
Comece por parar duas vezes ao dia. Sente-se durante cinco minutos em silêncio e observe o que se passa no seu corpo, nas suas emoções e no seu pensamento, depois faça um registo da informação. Esta prática diária (de amor próprio, onde tira tempo para si) vai ajudá-lo a estar mais consciente daquilo que se passa consigo e, por sua vez, a ser mais capaz de “apanhar” pensamentos críticos e destrutivos.
Em seguida, de cada vez que observar o quão duro está a ser consigo mesmo, experimente observar o seu corpo e as suas emoções em reação a este pensamento. Observe o quanto pode ficar tenso ou triste. Passe então a eliminar estes pensamentos, sendo mais justo e amoroso consigo mesmo. Experimente falar consigo mesmo como se estivesse a falar com o seu próprio filho (se não tiver, imagine os sobrinhos ou crianças com as quais costuma interagir) e observe o corpo a relaxar, a emoção a serenar.
Praticar mindfulness diariamente é um ato de amor-próprio que vai permitir-lhe conhecer melhor os padrões habituais da sua mente, eliminar os que não forem construtivos para si mesmo e substituí-los por padrões mais saudáveis.
Comece o ano mais presente e mais feliz!
E se precisar de ajuda, já sabe, estamos cá para isso.
O Mindfulness é do RFT de Steven Hayes, certo?
Acho bem interessante, principalmente para pacientes ansiosos!
Legal!
O grande impulsionador de mindfulness é Jon Kabat-Zinn, com a abordagem Mindfulness Based Stress Reduction (MBSR).
Abraço