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Ana Sousa

Ana Sousa

Em alguns momentos, todos já podemos ter passado por algum sentimento de não pertença a um determinado contexto, realidade ou grupo social. No caso da normopatia, existe um foco e busca incessantes em pertencer socialmente e um conformismo extremo pelas regras sociais, que se torna obsessivo.

Esta condição apresenta um sofrimento enorme, uma vez que a maior fonte de preocupação das pessoas é integrarem-se, não entrando em confronto com ninguém e guardando para si diversas mágoas e assuntos inacabados.

Não se trata de estas pessoas se conseguirem adaptar a todas as situações sociais, como o familiar “camaleão social”, mas sim por um sofrimento constante e o sentimento de que nunca se enquadram no que os outros esperam delas.

A normopatia extrema leva a um ressentimento enorme, podendo originar episódios muito violentos, potencialmente perigosos para si mesmos ou para outras pessoas, gerando conflitos e uma grande tendência para sintomas depressivos.

É necessário que, ao ritmo de cada pessoa e tendo em conta as suas vivências anteriores, estas se vão apercebendo do objectivo desta sua procura da normalidade, de que forma o sentimento de não-pertença é promovido pelos outros ou por elas próprias, aprender a gerir conflitos e a comunicar de uma forma assertiva quando não concordam com as outras pessoas.

Desta forma é possível cada pessoa ir construindo o seu próprio caminho até à normalidade, dependendo esta sempre dos recursos que possui, dos contextos em que se movimenta e dos objectivos de vida que possui.

Acima de tudo a normalidade pode ser traduzida pelo sentimento de bem-estar consigo próprio e com os outros, gerindo a ansiedade de situações sociais, aprendendo a comunicar claramente e ganhando carinho e compreensão por si mesmo.