Autor: Susana Matos
É comum ouvir-se dizer que “dinheiro não traz felicidade…mas ajuda”. É claro que o dinheiro nos permite fazer e ter coisas que desejamos, mas o que se pretende questionar é até que ponto as questões financeiras absorvem as nossas vidas e perturbam o nosso estado de espírito.
Se pensarmos que existem, de facto, pessoas que têm pouco dinheiro ou bens materiais e que conseguem viver felizes, bem como outras que têm muita riqueza e que vivem infelizes, a primeira questão que nos devemos colocar é se é, realmente, a falta de dinheiro o factor principal da nossa infelicidade. Neste sentido, para analisarmos de que forma podemos ou não estar a permitir que o dinheiro controle a nossa vida, devemos igualmente fazer a nós mesmos as seguintes questões:
• Avalie honestamente a sua situação: os seus problemas financeiros afectam aspectos importantes da sua sobrevivência, ou são apenas por não conseguir ter determinadas coisas que deseja? Se se incluir neste último caso, analise com mais profundidade se a sua felicidade está realmente dependente de coisas materiais;
• Avalie quanto é que o dinheiro tem valor para si, fazendo questões para si próprio, como: só ficarei feliz quando tiver muito dinheiro? Só com uma boa conta bancária é que poderei sentir segurança? Depois de responder honestamente a estas e outras questões, analise o quanto tem apego ao dinheiro, e se é esse apego que lhe está a retirar a liberdade de ser feliz;
• Estabeleça prioridades acerca do que é verdadeiramente importante e prescinda de coisas supérfluas. Analisando bem os seus gastos, conseguirá encontrar algumas despesas que não são imprescindíveis. Se não tiver essas coisas, a sua vida ficará realmente afectada?;
• Se os seus problemas financeiros não se podem resolver hoje, não fique a ruminar sobre o assunto. É algo que, de momento, está fora do seu controlo e, por isso mesmo, não adianta ficar angustiado e preocupado. Pelo contrário, estar demasiado pertubado não lhe permite alcançar a clareza de raciocínio para a procura de novas soluções;
• Sinta-se grato por aquilo que tem. Muitas vezes, não damos o valor devido às coisas positivas que temos ao nosso redor (família, amigos…);
• Nunca se esqueça que os problemas não duram para sempre. Esta pode ser apenas uma fase passageira da sua vida;
• Valorize sempre o Ser em detrimento do Ter!
E não se esqueça: esta é a vida que temos. Liberte-se das amarras do dinheiro e permita-se viver o momento presente!