O Silêncio!
Do silêncio faço um grito
O corpo todo me dói
Deixai-me chorar um pouco.
De sombra a sombra
Há um Céu…tão recolhido…
De sombra a sombra
Já lhe perdi o sentido.
Ao céu!
Aqui me falta a luz
Aqui me falta uma estrela
Chora-se mais
Quando se vive atrás dela.
E eu, (…)
(Amália Rodrigues)
… Quando gritamos há um movimento para o exterior de qualquer coisa que nos permite experienciar alguma calma e tranquilidade num momento posterior… É como se fosse libertador o expurgar algo que não nos estava a fazer falta, ou por outra nos estava a sufocar…
Mas existem gritos silenciosos…
Não pretendo determinar, nem poderia ter essa pretensão, quais os mais dolorosos ou categorizar de outra forma, mas a expressão de algo de forma contida ou implícita é algo demasiado severo para o ser humano… Transforma-nos no efeito “panela de pressão”… Estamos em “ebulição” e quando “fervemos” se o “pipo” não funcionar, lá vai a cozinha “pelo ar”… e a destruição em redor é evidente!
Mas o silêncio, esse que é por vezes tão difícil de suportar… criando constrangimentos, despertando emoções que se querem evitar, é de extrema importância organizativa do ser humano! Permite restruturar a experiência e delinear estratégias futuras…
Por acreditar veemente nesta premissa, tento ter sempre presente o quanto é imperativo aprendermos a estar em silêncio sem experienciarmos tristeza ou angustia!
Qual foi o interesse que este artigo teve para si?
Poderia ser mais aprofundado.