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Sinais de alerta Nos dias de hoje, a anorexia, a bulimia, e particularmente a ingestão compulsiva, assumem-se como realidades cada vez mais frequentes e assustadoramente próximas. Parece ser cada vez mais provável, conhecermos alguém que sofre de uma destas perturbações alimentares, podendo mesmo, tratar-se de um dos nossos familiares ou amigos. Contudo, nem sempre é fácil reconhecermos tais problemas em quem nos rodeia, quer devido à sua expressão tipicamente silenciosa e envergonhada, quer devido ao nosso desconhecimento dos seus indícios, e, na maioria das vezes, acabam por ser detectados ou evidenciados em estados mais avançados, quando a saúde física e emocional já se encontram muito comprometidas.

Sabemos que uma sociedade informada é uma sociedade mais atenta e consciente, com maior poder de prevenção e intervenção, e porque nos encontramos perante perturbações que acarretam graves consequências de saúde, muitas vezes irreversíveis, e em que em alguns casos podem mesmo conduzir à morte, conhecer e identificar os seus sinais de alerta, revela-se de extrema importância, permitindo uma resposta ao problema mais rápida e precoce, e tendencialmente mais eficaz.

Nesse sentido, encontram-se de seguida alguns dos sinais de alerta mais comummente associados a estas perturbações, mas quero salientar, desde já, que embora se revelem úteis indicadores, não se podem assumir, por si só, como garantias de diagnóstico de uma perturbação do comportamento alimentar:

– Avaliações e Preocupações intensas e frequentes com o peso e com a forma corporal;

– Insatisfação permanente com o seu corpo;

– Preocupações intensas e frequentes com os alimentos, calorias e nutrição;

– Implementação de rotinas diárias rígidas, no que toca à ingestão alimentar ou prática de actividade física;

– Selecção excessiva de alimentos com baixas calorias;

– Comportamentos pouco comuns em relação aos alimentos, como parti-los em pedaços extremamente pequenos, ingerir esses pedaços individualmente, espalhá-los organizadamente pelo prato, e muitas vezes, acabar por não os ingerir;

– Dietas constantes, mesmo quando apresenta sinais de magreza corporal;

– Insistência em “estar gorda(o)”, mesmo quando é notório que está magra(o);

– Medo intenso de estar gorda(o) ou de engordar;

– Oscilações de peso rápidas e inexplicáveis;

– Toma excessiva de diuréticos, laxantes ou medicação para emagrecer;

– Exercício físico intenso e excessivo, especialmente antes e/ou depois de comer;

– Jejuns prolongados;

– Arranjar frequentemente pretextos e desculpas para abandonar os momentos de refeição;

– Evitar activamente situações sociais que envolvam comida;

– Refugiar-se na casa de banho após as refeições;

– Isolar-se para comer, ou comer mesmo em segredo;

Lembre-se, cada caso é um caso, e deve-se sempre considerar a experiência individual de cada um. Não hesite em procurar ajuda especializada, de forma a avaliar cuidadosamente o seu caso, e, se necessário, poder actuar o mais precocemente possível no seu problema.

Para saber mais sobre Perturbações do Comportamento Alimentar, e sobre a intervenção terapêutica que disponibilizamos para os casos de Bulimia e Ingestão Compulsiva, leia mais aqui

Autora: Joana Florindo