Se imaginar os relacionamentos como um barco

Tempo de Leitura: 3 min

Se imaginar os relacionamentos como um barcoSe imaginar os relacionamentos como um barco, sabe que pelo caminho pode sentir a influência de ventos fortes, tempestades de maior ou menor intensidade, e quando um dos tripulantes se cansa o outro poderá assumir certas habilidades para levar o barco a bom porto.

Porém, quando ambos se sentem desequilibrados e  por muito que remem, o naufrágio pode acontecer.

É comum embarcarmos no barco do amor por paixão, sem ter em conta os “eus magoados” de cada um, navegando em águas da ilusão à procura de reconhecimento, valorização pela necessidade de segurança e controlo.

E naquele tal momento de tempestade é provável recebermos um “olá irritado” proveniente dos pontos incompatíveis entre estes dois “eus magoados”.

 

Então, quais as habilidades que precisamos desenvolver?

1 Tolerância – Se não for capaz de tolerar os “defeitos” do outro, não conseguirá desfrutar das suas qualidades e para obter mudança de atitudes é necessário tolerância para esperar e capacidade para suportar as tempestades. É igualmente importante avaliar a sua capacidade de tolerar determinadas atitudes ou situações.

2 Aceitação – Durante a travessia bate o pé fortemente para impor a sua vontade em remar para a direção que julga ser a mais certa. A sua parceria acaba por mostrar boa vontade, aceitando a sua atitude controladora uma vez e outra. Passado tempo dá conta que experimentou uma certa felicidade em ter conseguido ganhar mais uma discussão mas na verdade perdeu tantas outras coisas, nomeadamente o prazer de remar a dois em Amor e reciprocidade.

3 Comunicação – Ao existir alteração emocional de um dos tripulantes, o outro deve ter o papel de estabilizador. Ao desenvolver uma escuta ativa aos desabafos, conseguirá refletir de forma racional num tom de voz ligeiramente baixo de forma a acalmar o ambiente. Se reagir compulsivamente, tomando o desabafo como um ataque pessoal, é certo que o descontrolo emocional pode terminar em águas profundas.

4 Vulnerabilidade – Expressar a sua vulnerabilidade ao outro é como o sopro do vento que os ajudará a chegar a bom porto.  É saber reconhecer que podemos ser machucados e machucar,  mas ainda assim tomamos a iniciativa de fazer transparecer o que realmente somos. Honestamente expressamos o que sentimos, sem acusar, independentemente  do medo, da vergonha, da culpa que paira sobre o nosso coração.

Maria Bartolomeu
Maria BartolomeuPsicoterapeuta corporal. Formadora
2017-11-08T15:58:32+00:008 de Novembro, 2017|
Go to Top