Autor: Vera Martins
É habitual ouvirmos falar de dependências como o álcool, tabaco, sexo, jogo e até de amor!
Actualmente há investigadores que estudam a possibilidade de algumas pessoas viverem dependentes do stress. Veja se reconhece alguns dos sinais:
– Caixa de entrada de e-mails sempre cheia, com fluxo de recepção superior ao que se consegue ler e responder;
– Listas infindáveis de tarefas a desempenhar;
– Correria e saltitar entre imensas actividades;
– Sentimento de satisfação por ser extremamente ocupado;
– Dificuldade em dormir a pensar na lista de tarefas para o dia seguinte;
– Dificuldade de concentração, porque quando estou a realizar uma tarefa já estou preocupado com as seguintes;
– Diminuição de horas de sono/descanso para responder a e-mails ou outras solicitações, com o sentimento de que “tem de ser assim”;
– Sentimento de que é feliz e realizado quem tem uma vida muito ocupada;
– Ausência de vida social e actividades de lazer para satisfazer o ritmo frenético de afazeres;
Lembra-se de mais algum sinal?
Claro que, como tudo, estes comportamentos devem ser avaliados sem alarmismos nem exageros. Ter uma vida atarefada e preenchida não é sinónimo de dependência de stress.
No entanto, cada vez mais a sociedade valoriza o “fazer” em detrimento do “ser”. A competição no mercado de trabalho, e até nas relações sociais, é cada vez maior, o que pode levar a perder a noção da quantidade de stress que aceitamos na nossa vida.
É importante estar atento e perceber quando a nossa qualidade de vida está a ficar afectada, sob pena de a nossa saúde acabar por ser bastante prejudicada.
Se é verdade que há pessoas que procuram psicoterapia por sentirem baixa tolerância ao stress, também é verdade que temos tido várias com demasiada tolerância ao stress.
Assim, equilíbrio precisa-se! Procure o seu e, se estiver a ser difícil, cá estamos para o ajudar.