Autor: Joana Fojo Ferreira
Diz o ditado “Ano novo, vida nova”, mas nem sempre é tão fácil assim.
No seguimento do texto Sobre o Outono, estação da libertação, proponho reflectir sobre o Inverno e o início do ano, como estação de introspecção.
Estação em que o frio de fora pede o quentinho de dentro, apela-nos a olhar para dentro, e se calhar a vida nova que o ano novo preconiza, não é ainda, nesta fase, exterior, mas é essencialmente interior, quando se cozinham mudanças à lareira para servir à mesa na Primavera.
Sugiro então que, desprovido do velho de que se libertou no Outono, aproveite este Inverno para arrumar a sua casa interior e perceber o que é que quer renovar na Primavera:
Quais são os meus sonhos? Quais são os meus projectos? Quais são as minhas necessidades psicológicos por satisfazer que não quero mais adiar?
Quais são as áreas que quero/preciso trabalhar? Que competências quero mobilizar-me para desenvolver? Como é que quero estar comigo próprio?
De que pessoas me quero rodear? Como é que quero estar nas minhas relações? O que é que quero manter e o que é que quero mudar?
E não se apresse nem se critique pelas mudanças que ainda não concretizou, inspire-se na dinâmica das estações do ano e dê tempo ao tempo, já é um passo gigante aproveitar o Inverno para olhar para dentro, pode deixar a concretização no exterior para a Primavera.
Joana Fojo Ferreira