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Nas situações de ansiedade social receamos que os outros encontrem em nós alguma falha ou algum sinal de incompetência e consequentemente nos rejeitem e/ou nos coloquem numa situação de chacota ou humilhação, pelo que temos tendência a minimizar ou evitar o contacto com os outros.

Às vezes nem sempre temos consciência da magnitude do nosso evitamento. Começamos por dizer para nós mesmos que a ideia de ir ter com um grupo de amigos dá trabalho e lá fora faz frio, pelo que é bem melhor ficar no computador – mas se fizer calor, queixamo-nos da temperatura elevada. A seguir dizemos que somos pessoas pacatas e caseiras, para justificarmos a nossa “recusa” em ir ter com os outros. Até que chega o dia em que não saímos de todo e nos convencemos que afinal e bem vistas as coisas nunca gostamos de sair. E assim desde cedo, para não termos de nos confrontar com as sensações desagradáveis e de medo, aprendemos a defender-nos limitando os nossos contactos.

A ansiedade social faz-nos sentir diferente dos outros, diferente não de uma forma especial, mas de uma forma negativa.

A ideia de diferença advém sobretudo da sensação  que aquilo que os outros parecem fazer com “uma perna às costas” para nós corresponde a uma prova difícil e árdua. O simples facto de ir a uma loja escolher roupa ou de estar numa fila, podem constituir-se como momentos de tensão e isso faz com que nos sintamos estranhos, esquisitos e ridículos. Sentimo-nos inferiorizados e incapazes e isso afecta a nossa auto-estima e a confiança para fazer coisas.

Mas há um lado menos visível da ansiedade social, que é profundo e extremamente doloroso. Os anos passam e com eles ficam para trás os sonhos que tínhamos para nós e para a nossa vida.

Aprendemos tanto a restringir a nossa existência que acabamos por nos tornar invisíveis. Aprendemos tanto a olhar para o mundo à nossa volta como um espaço minado de perigos e sinais de proibição, que deixamos de arriscar e ver simplesmente o que sucedia.

Quando nos olhamos no espelho sentimos que sempre vivemos aquém de nós próprios. Que temos recursos e capacidades que escondemos e calamos. Que o medo e a ansiedade nos bloquearam e impediram de crescer como pessoas e nos levaram para longe de nós e daquilo que de algum modo intuímos que era o nosso potencial.

Sentimo-nos frustrados, tristes e deprimidos e muitas vezes com sentimentos intensos de raiva e hostilidade que viramos contra os outros e contra nós mesmos.

É possível aprender a gerir a ansiedade social e sobretudo a olhar para si de uma forma menos dura. É possível aprender a gostar mais de si e a sentir-me mais livre para expressar aquilo que sente e deseja, sem se preocupar tanto com o julgamento dos outros.

Autora: Isabel Policarpo

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