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O nosso cérebro tem ritmos que resultam da sua actividade eléctrica. Pela sua natureza cíclica, precisamente como as ondas, também estes ritmos cerebrais são chamados de ondas e, conforme a sua frequência (ciclos por segundo), estas ondas são agrupadas em bandas (Delta, Teta, Alfa, Beta).

 

Estes ritmos podem ser mais rápidos ou mais lentos, variando não só com a localização mas sobretudo com as funções associadas. No entanto, as ondas cerebrais são partes de um todo e funcionam de forma interdependente e flexível. Aqui falaremos apenas das mais conhecidas, mas existem outras.

 

Então, que ondas temos e para quê?

 

Delta – Inclui as ondas mais lentas (1 – 3 Hertz). Estão associadas aos estados de sono e são predominantes em bebés.

 

Teta – Ainda ondas lentas (3 – 7 Hertz). Associadas à criatividade e espontaneidade mas também a estados de distracção e “sonhar acordado”. Os meditadores experientes podem produzir esta banda de ondas no estado meditativo. Também podem ser produzidas em estados hipnóticos profundos.

 

Alfa – (8 -12 Hertz) – Associadas a um estado de atenção e relaxamento ao mesmo tempo. São produzidas em estados de paz e calma interior. São muito importantes para a saúde do cérebro e para o bem-estar.

 

Beta – São ondas mais rápidas (12 – 40 Hz). Uma pessoa que está concentrada no seu trabalho, a processar informação, a conversar e em modos de funcionamento mental mais activos, está a funcionar com ondas Beta. São estados que gastam muita energia.

 

Temos então um cérebro ritmado como o coração, vivo como as ondas e com expressividade específica às funções que esteja a operar, funcionando em conjunto como uma orquestra… não estivéssemos nós a falar de uma estrutura tão fascinante quanto complexa!

 

Vera Martins

 

Referências:

– Brain Change Therapy – Clinical interventions for self-transformation, (2011) Carol J. Kershaw & J. William Wade. W. W. Norton & Company.

 

– Biofeedback for the Brain – How Neurotherapy Effectively Treats Depression, ADHD, Autism and More (2008) Paul G. Swingle.Rutgers University Press.

 

– Getting Started With Neurofeedback (2005) John Demos. W. W. Norton & Company.