Segundo um artigo recente na Scientific American, tanto o orgasmo como a meditação diminuem o nosso sentido de auto-consciência.
Quer através da experiência da meditação, ou através de um orgasmo a pessoa “tem uma diminuição da auto-consciência, alterações na percepção corporal e uma diminuição na sensação de dor”. Por outras palavras, nós temos uma corrente de comentários em permanência nas nossas cabeças que é momentaneamente interrompido em cada uma destas experiências. Nem que seja por breves instantes, a nossa experiência sobre nós próprios muda e é como se se dissolvessem os limites corporais e se perdesse o nosso sentido de identidade.
Atenção, orgasmo não substitui a meditação, ou vice-versa :)! Cada um deles activa partes diferentes do cérebro.
Alguns estudos revelam que durante um orgasmo é o hemisfério direito que mais fica activado, o nosso cortex pré-frontal direito parece uma ilha iluminada, pois grande parte do resto do córtex está às escuras. Contrariamente à meditação, o orgasmo produz uma sensação aumentada de se estar dentro do próprio corpo em vez de se percepcionar como estando fora dele.
O que é surpreendente nisto é que o prazer é classicamente associado como pertencente ao hemisfério esquerdo, e não ao direito. O hemisfério esquerdo fica mais activo quando nos recordamos de memórias felizes, quando pensamos no amor que temos por outra pessoa, ou quando o nosso humor é muito elevado. O hemisfério esquerdo está preferencialmente mais activo nas pessoas que não sofrem de depressão em comparação com as pessoas que têm depressão. A meditação activa esta área cerebral mais associada à felicidade e à alegria e, curiosamente, durante um orgasmo essa área fica praticamente inactiva.
Como curiosidade o termo francês para orgasmo é “la petite mort” ou “a pequena morte,” como referência ao período de tranquilidade, consciência cristalina e experiência de transcendência pouco depois do pico do orgasmo.
De alguma forma, uma conclusão possível desta reflexão é a seguinte:
Para fortalecero nosso bem-estar emocional, um orgasmo mantém acesa a vontade de manter uma experiência de transcendência. No entanto, a meditação é o único caminho para verdadeiramente nos transcendermos.
Texto interessante!
Obrigado!
Abraço,
Oficina de Psicologia