As doenças cardíacas são a principal causa de morte no mundo. Em cada 33 segundos morre uma pessoa de acidente cardiovascular. Quando ocorre um ataque cardíaco, cerca de 1/3 das pessoas morre.
O coração é um órgão absolutamente extraordinário, com uma enorme complexidade, aparentemente incansável no seu trabalho ininterrupto de bombear sangue para o corpo. Mas este órgão também pode enfraquecer, perder a sua vitalidade e fragilizar-se. As doenças cardíacas surgem sobretudo relacionadas com a manutenção prolongada de hábitos de comportamento não saudáveis.
Estes hábitos promovem o aparecimento de fatores de risco, de onde se destacam:
• Stress acumulado
• Consumo tabágico excessivo
• Hipertensão
• Obesidade
• Sedentarismo
• Raiva acumulada
• Hostilidade contínua
• Prolongado isolamento social
A psicologia assume-se como a disciplina especializada na compreensão e mudança dos padrões comportamentais.
A melhor forma de reduzir o número verdadeiramente impressionante de mortes por acidente cardíaco é intervindo na mudança e manutenção de novos hábitos de comportamento.
A psicocardiologia é a disciplina da psicologia da saúde justamente responsável pela identificação e modificação dos padrões comportamentais que contribuem para o emergir e perpetuação de fatores de risco para as doenças cardiovasculares.
Geralmente só quando o coração “prega um susto” se dá a consciencialização da necessidade de mudança de hábitos de comportamento. Só que mudar não é fácil… Naturalmente, qualquer cardiologista alerta para a necessidade de alteração de hábitos, mas, muitas vezes, nem mesmo o alerta de um especialista conduz a uma mudança efetiva. É aqui que a psicocardiologia assume um dos seus principais papéis e especificidade. Os psicocardiologistas são responsáveis pelo acompanhamento terapêutico dos pacientes que já sofreram pelo menos um acidente cardíaco ou que correm o risco de o sofrer. E deverão estar sempre em estreita ligação com os cardiologistas. Através de um conjunto de estratégias de cariz motivacional procuram promover junto dos seus pacientes a consciencialização da necessidade diária de manutenção de novos padrões comportamentais mais saudáveis.
Quando se dá um acidente cardíaco a mudança torna-se imperiosa. Para diminuir o flagelo de mortes por acidente cardíaco é preciso mudar, mas para tal é preciso saber mudar e, mais do que saber mudar, manter essa mudança. Promover e manter a mudança de hábitos são duas das áreas de excelência da psicocardiologia.
Para saber mais sobre consulta de psicocardiologia…
António Norton – Psicólogo Clínico