A solidão e a saúde
Segundo um estudo da Brigham Young University a solidão e o isolamento social constituem uma ameaça à saúde equiparável à obesidade, tabagismo ou alcoolemia. O isolamento aumenta o risco de morte prematura em cerca de 30% e pode ser comparável a fumar 15 cigarros por dia ou ter um problema de alcoolismo. Julianne Holt-Lunstad, o principal autor do estudo, defende que é crucial cuidarmos das nossas relações sociais, não as tratando como algo menos importante nas nossas vidas.
Habitualmente, as sugestões promotoras de saúde que surgem relacionam-se com a dieta alimentar, a prática de exercício físico e um sono de qualidade. Raramente surge nesta lista a qualidade da rede de suporte social. E, no entanto, o isolamento social parece ser tão perigoso como a obesidade*, já de si um inimigo assassino.
O isolamento social surge relacionado com a longevidade, seja por escolha do próprio ou por falta de amigos e familiares. A ligação entre solidão e risco de mortalidade entre os jovens é maior do que entre os idosos. No entanto, há um maior risco para os idosos serem solitários pelo que o risco de mortalidade acaba por ser superior.
Com um aumento crescente de isolamento social nas sociedades, em que o ritmo do dia-a-dia é cada vez mais acelerado, começa a desenhar-se no futuro uma “epidemia” de solidão, com todas as consequências que isso acarretará na saúde física e psicológica. Por isso, comece já a cuidar da sua rede social: mantenha contactos regulares com família, amigos e conhecidos. Faça e aceite convites para partilha de tempos livres. Inclua passatempos sociais na sua vida. Ligue-se às redes sociais e construa um grupo com quem vai partilhando a vida. Sociabilize-se! Se não for pelo gosto em fazê-lo, que seja pela sua saúde.
*investigação publicada na revista Perspectives on Psychlogical Science
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