A Síndrome de Burnout é definida pela exaustão física, emocional ou mental acompanhada por motivação e desempenho reduzidos e atitudes negativas em relação a si mesmo e aos outros. Resulta de um esforço elevado para satisfazer as exigências solicitadas explicita ou implicitamente, até que a sobrecarga de trabalho é tal forma elevada e prolongada, que a pessoa entra em crise. Pode ver melhor a definição aqui e perceber as fases que atravessamos até chegar à exaustão aqui.
Mas o Burnout não tem a ver com o stress profissional?
Embora a síndrome esteja associado ao stress profissional, e portanto aos adultos, actualmente vemos sintomas de Burnout até em crianças. Sabendo que o Burnout é uma síndrome de exaustão física e emocional, não é difícil associar esta descrição aos estudantes em época de exames. A exposição ao stress ao longo do ano, culminando nas provas e exames do final do ano lectivo, podem levar à exaustão. No caso dos estudantes na faculdade, para quem trabalha em simultâneo, a pressão ainda é maior.
O Burnout nos estudos pode ter estas características:
Exaustão intelectual, cansaço físico, perturbação no sono, falta de motivação, irritabilidade, incapacidade de absorver e reter informação, declínio na performance académica, sentimento de incapacidade, desesperança, depressão.
Estratégias para lidar com o Burnout nos exames:
1. Gestão de tempo
Planear o tempo dedicado ao estudo antecipadamente, vai atenuar as situações de stress:
– o estudo não deve ficar para a véspera do exame;
– perceber a quantidade de matéria que é necessário estudar,
– organizar as matérias, por blocos para que se torne mais leve e fácil de trabalhar
– avaliar as matérias mais importantes, e dedicar mais tempo a estas e menos a outras.
– avaliar o progresso do estudo
Depois de fazer a avaliação do que é indispensável estudar e quanto tempo é necessário, devemos distribuir esse tempo ao longo da semana, apontando qual a parte da matéria que irá estudar.
2. Corpo são, mente sã.
Já diziam os romanos!
O exercício, uma boa alimentação e uma boa noite de sono são os pilares para manter o corpo e o cérebro sãos. São elementos essenciais, e que no pico de stress podem parecer desperdício de tempo, mas se atempadamente planeados, vão ter mais benefícios a longo prazo, mantendo o corpo e a mente com energia para estudar, e maior capacidade de retenção e processamento de informação.
3. Pausas!
Para não sobrecarregar o cérebro, é importante fazer pausas a cada 45-50 minutos, pois é o limite da nossa atenção focada, a partir daí a nossa capacidade de processar informação é menor. Fazer uma pausa de 10-15 minutos, levantando, ir beber água (hidratação também é muito importante!), um café, petiscar, esticar o corpo, leva a maiores níveis de produtividade.
4. Manter objectivos realistas
Embora muitas vezes parece-nos exigido que se saiba os manuais de trás para a frente, mas isso é humanamente impossível. Tendo em vista todas as matérias, a importância e peso diferentes que possam ter para a avaliação, e o tempo que resta, é importante estabelecer alguns objectivos concretos e realistas, de modo a fazer um bom planeamento e a não existir sobrecarga.
5. Pedir ajuda
Se as estratégias anteriores não funcionaram, e ainda existe um estado de elevado stress ou a exaustão chegou de vez, a psicoterapia pode ajudar a desenvolver competências para lidar com o stress e encontrar estratégias para passar pela época de exames sem chegar à exaustão. Procure um especialista em saúde mental, na Oficina de Psicologia, agora também em Setúbal.
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