Como melhorar o funcionamento da memória
A memória é o processo cognitivo que inclui, consolida e recupera, toda a informação que aprendemos. Também facilita a aprendizagem pois é através da memória que os conhecimentos se consolidam. E só o que aprendemos com a memória, nos possibilita assimilar coisas novas, facilitando assim o aumento do nosso conhecimento.
A memória é a função mental que permite reter a informação, e assim aprender. É um sistema de armazenamento que permite reter a informação aprendida e permite lembrar dessa mesma informação, isto é, permite lembrar de informação retida anteriormente, mas a sua representação na memória não é uma reprodução fiel.
Sem memória é impossível aprender, ela é extremamente importante pois é o que nos dá a continuidade do presente e que nos permite manter uma conversa e dar continuidade ao presente.
Atualmente existe uma constante preocupação com as perda dela não só na população mais idosa devido à perda das competências mnésicas ao longo da vida, mas também nas camadas mais jovens, como os estudantes e na vida profissional, em que a retenção de máxima informação e a valorização em manter a memória se faz necessária e bem vinda.
Para se armazenar toda a informação desejada, a memória deve ser melhor que o normal. Pode-se maximizar as capacidades de armazenamento da memória, adoptando comportamentos com o objectivo de melhorar as competências mnésicas para se alcançar um desempenho elevado.
Para se reter informação pode-se recorrer a ajudas quer internas ou externas, ou seja, as ajudas internas correspondem a formas mentais de organizar a informação, para que se torne mais simples de memorizar (a informação corretamente interpretada e compreendida é mais facilmente memorizada e recordada do que a informação solta e sem sentido) . As ajudas externas não são estratégias de memorização ou de recuperação da informação, são estratégias que se apoiam em elementos do meio em que se está inserido permitindo a compensação dos défices cognitivos, por exemplo o uso de agendas ou alarmes.
Assim, existem três tipos de estratégias de memorização:
– Organização da informação – simplificar, agrupar a informação por categorias. Por exemplo, agrupar a informação em categorias nos itens de uma lista de compras em, produtos lácteos e vegetais;
– Mnémonicas – associação do que se quer decorar com qualquer coisa, com uma frase, imagem, história ou cor. Por exemplo, decorar as cores do arco-íris associando-as com o acrónimo VLAVAIV – vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, violeta;
– Repetição – repetir conscientemente a informação (em voz alta, mentalmente ou com a escrita). Por exemplo, repetir um número de telefone até estabelecermos ligação, decorar uma lista de compras.
Para se ter uma memorização eficaz, deve-se dividir a informação e tentar memorizar uma parte de cada vez. Desta forma consolida-se a aprendizagem por partes.
Para estudantes, por exemplo é importante não deixar para a véspera de testes/exames para estudar. O melhor método a ser usado para obtenção de resultados positivos é fazer uma agenda da matéria a aprender, organizar ao longo do tempo disponível, dedicando dias para a revisão e o ensaio da aprendizagem. Uma vez que o tempo de foco consecutivo da atenção é reduzido, para que haja a elaboração de um bom processo de codificação e retenção da informação, deve-se ter em conta o tempo de atenção e vigília, ou seja, intercalar o tempo de estudo com momentos de relaxamento. Por isso, ter períodos de atenção focada, intercalada por períodos de descanso e relaxamento é aconselhável. Deste modo, o processo de aprendizagem e memorização serão mais eficazes.
Assim, para que a memória trabalhe eficazmente, o treino é essencial. No caso concreto de uma determinada tarefa, a informação a ser retida deve ser repetida várias vezes até ser consolidada. Se só raramente se esforça a memorizar informação, os mecanismos de memória tornam-se pouco eficazes, transmitindo a falsa sensação de “má memória”. Quando há problemas de memória, muitas vezes é por pouco uso da mesma.
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