“Essa criança é muito agitada, não consegue ficar quieta na sala de aula”. “Ela não aprende como os demais colegas”. “Eu falo e ela nunca presta atenção no que digo, parece que tem uma atenção seletiva”. Frases como essas são queixas comuns escutadas no primeiro contato com responsáveis por crianças em avaliação neuropsicológica.
As crianças são encaminhadas para avaliação neuropsicológica por demanda médica (por pediatra, neurologista e ou psiquiatra), escolar, psicólogo clínico ou até mesmo seus pais e responsáveis, com o objetivo de determinar o porquê delas apresentarem certas dificuldades. Os motivos mais comuns são:
- Questões de aprendizagem, comportamentos, dificuldade, dificuldade social, problemas de controle emocional;
- Uma doença ou um problema genético que afeta o cérebro;
- Uma lesão cerebral (que pode ser de nascimento, acidente ou exposição fetal ao álcool, chumbo e ou entorpecentes).
É importante ressaltar que o cérebro da criança e do adolescente ainda está em desenvolvimento, por exemplo, não é esperado o mesmo tipo de habilidade e aprendizado de uma criança de 8 anos e um adolescente de 15 anos de idade. O motivo dessa diferença é que o cérebro muda ao longo da infância e adolescência. Algumas áreas cerebrais amadurecem precocemente, como a acuidade visual e o processamento auditivo, enquanto outras áreas, que envolvem o aprendizado e a atenção, por exemplo, se desenvolvem durante toda a infância e a adolescência.
Por esse motivo, a avaliação neuropsicológica tem áreas de concentração de acordo com a idade de cada paciente:
- A avaliação das crianças em idade pré-escolar concentra-se no desenvolvimento cognitivo e linguístico.
- As crianças em idade escolar são avaliadas para o progresso acadêmico, controle emocional, funcionamento social e atenção.
- Os adolescentes também são avaliados pelo progresso acadêmico, controle emocional e comportamental e funcionamento social.
Para as avaliações são utilizados diferentes instrumentos neuropsicológicos, que avaliam o funcionamento dos domínios cerebrais como a cognição, memória, atenção, linguagem, praxias, funções executivas, desempenho escolar, velocidade de processamento, humor e comportamento.
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Thaís Caram
Psicóloga Clínica
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