Estamos todos habituados ao estabelecimento de desejos ou resoluções de Ano Novo. Algumas pessoas fazem-no apenas por ser uma tradição da meia-noite, outras, adotam uma postura mais reflexiva sobre o ano que terminou e projetam os desejos e objetivos individuais para um ano em branco, com vista a uma melhoria do seu bem-estar nos vários contextos de vida.
Quantos de nós inclui mudanças parentais e familiares nessas resoluções? Sabendo que a parentalidade exige tanto de nós e que o dia a dia está recheado de desafios familiares, entre tantos outros, tão stressantes, proponho-lhe fazer uma reflexão sobre este ano que terminou:
– Quais os momentos familiares pelos quais está grato? Quais foram os momentos felizes?
– O que correu bem nas rotinas familiares e o que gostaria que melhorasse?
– O que não correu como esperado? Como lidou com os imprevistos e aprendeu com os desafios?
– As suas expectativas e exigências como pai/mãe revelaram-se realistas?
– O que gostaria de melhorar na relação com o/a seu/sua filho/a?
– Quais os seus pontos fortes enquanto mãe/pai?
Seguem-se algumas estratégias parentais. Quais é que considera que precisa de pôr em prática mais vezes no seu dia a dia em 2024?
– Brincar mais com o meu filho, dedicando-lhe atenção plena pelo menos 15 minutos por dia.
– Validar mais as emoções do meu filho (dizer que é normal o que está a sentir, confortar, partilhar experiências…). Tentar ver as situações na perspectiva dele e ser mais empático/a. Não desvalorizar, nem criticar, o que o meu filho está a sentir, mesmo que tenha dificuldade em compreender os motivos pelos quais se sente desconfortável, ou considere que ele está a exagerar.
– Evitar chamadas de atenção constantes por pequenos comportamentos desadequados, acabando por ignorar as atitudes que são ajustadas.
– Criar limites razoáveis, de forma firme e consistente, ao longo do tempo, e que sejam partilhados por pai e mãe, nas mais diversas situações.
– Respirar fundo várias vezes antes de reagir a um comportamento desadequado.
– Numa situação problemática, escutar o meu filho, sem o interromper, sem assumir “o pior cenário”, sem fazer julgamentos, sem gritar, sem bater.
– Focar-me na solução em vez de sobrevalorizar o problema, compreendendo quais as necessidades do meu filho que podem estar a precisar de atenção e cuidado.
– Confiar na minha capacidade para ser um bom pai. Não me martirizar quando as coisas não correrem tão bem. Quando me sentir culpado, devo admitir o erro, explorar novas estratégias e, se necessário, pedir ajuda.
– Cuidar de mim! Quanto melhor me sentir comigo mesmo, melhor modelo serei para o meu filho.
– Acreditar que nunca é demasiado tarde para introduzir uma mudança positiva. Para obter um resultado novo é preciso fazer algo diferente.
Aceita o desafio de escolher e implementar algumas destas sugestões como resoluções de ano novo? Melhorando as suas práticas parentais, melhorará a sua relação com o seu filho que, por sua vez, crescerá mais equilibrado e feliz!
Caso tenha dificuldade em tornar estas mudanças eficazes e duradouras, reconhecendo que tem efectiva necessidade e vontade de melhorar algumas dinâmicas familiares, considere recorrer a aconselhamento parental profissional.
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