Numa altura em que o excesso de peso em crianças e adolescentes se revela um problema de saúde pública, saiba como ajudar o seu filho a tornar-se mais saudável.
1. Pequeno-almoço em família – a primeira refeição do dia deve ser um momento partilhado por todos os elementos da família. Programe o seu despertador para uns minutos mais cedo, prepare as roupas das crianças na véspera e reúna todas à mesa antes de irem para os seus afazeres diários.
2. Partilha às refeições – mais do que ingerir alimentos, as refeições podem constituir um momento privilegiado de trocas afectivas e de partilha. Como tal, devem reger-se por horários regulares, sem televisão por perto. Recomenda-se que os pais façam, pelo menos, uma refeição em conjunto.
3. A cozinha como laboratório criativo – varie e brinque na cozinha, envolvendo toda a família com tarefas adequadas às idades. Use a maior variedade possível de alimentos, porque diferentes alimentos contribuem com diferentes nutrientes.
4. Descoberta dos alimentos – as crianças devem conhecer o processo de confecção das refeições, sendo encorajadas a participar sempre que possível de acordo com a sua idade. Estimule os seus filhos a serem capazes de fazer opções alimentares saudáveis autonomamente.
5. Faça excepções – reserve os alimentos mais calóricos para dias especiais, não os banalizando e explicando-lhes os riscos associados de um consumo frequente e excessivo destes produtos. Não há alimentos proibidos, o equilíbrio é que é importante.
6. Não atribua à comida um valor simbólico – não use os alimentos como moeda de troca, recompensa, castigo ou equivalente de amor e segurança com os seus filhos.
7. Estimule a auto-regulação da fome – permita às crianças ouvir o seu corpo e aprender a distinguir entre fome e gula. Treine-os a perceber o grau de fome que têm e a terem horários regulares ao longo do dia para comer, em vez de petiscarem a toda a hora.
8. Actividade física – a família é o melhor modelo para uma criança, por isso crie rotinas familiares que envolvam actividades desportivas (caminhar, passear de bicicleta, nadar, jogar futebol, entre outras), diminuindo o tempo não-activo.
9. Publicidade enganosa – vigie o que os seus filhos vêem na comunicação social e proteja-os da má promoção alimentar destinada às crianças, explicando-lhes que as escolhas alimentares não devem ser feitas com base nos brindes.
10. Reportório emocional -guarde algum tempo para falar com os seus filhos sobre os seus sentimentos e emoções com vista a desenvolver o seu reportório emocional, evitando que adoptem comportamentos de compensação ou fuga utilizando a comida. Qualquer estratégia de intervenção para combater a obesidade infantil tem que envolver toda a família. Se não conseguir fazer as mudanças necessárias por sua conta, procure ajuda de técnicos especializados (nutricionista, psicólogo, pediatra), o combate ao sedentarismo e má alimentação não tem de ser um trajecto solitário e penoso.