Um dos momentos mais delicados da vida de um casal é quando, ainda existe amor, mas o tesão de um dos cônjuges diminuiu ou mesmo acabou.
O texto de hoje será dedicado, em especial, à diminuição do desejo sexual feminino. Na próxima semana daremos destaque à falta de desejo masculino.
A diminuição ou a perda do desejo sexual é influenciada por fatores fisiológicos, hormonais, endócrinos, psicológicos, culturais, religiosos dentre outros. As pessoas aprendem a inibir seus desejos de acordo com suas experiências pessoais.No início do relacionamentoé comum os beijos serem mais ardentes e as relações sexuais mais frequentes. Com o passar do tempo e com a rotina, para muitos casais, essa paixão vai diminuindo e a frequência sexual já não é a mesma do inicio do namoro.
Quero salientar que o tempo em si não acaba com o tesão, mas a forma como o casal se relaciona. Podemos citar como fatores que diminuem ou mesmo acabam com o desejo sexual, a falta de cuidado um com o outro, a falta de atenção, os problemas de comunicação, as brigas constantes, a falta de empatia e de compaixão, a falta de admiração e de respeito, disputa de poder na educação dos filhos, os valores divergentes, falta de tempo a dois e todas aquelas coisas do dia-a-dia que desgastam a relação.
A falta de vaidade e a baixa autoestima são variáveis que também merecem destaque.
O grande problema é que muitos casais se acomodam com a diminuição da frequência sexual e encontram várias desculpas para justificar a situação. A procura por ajuda de um especialista só acontece quando o parceiro se sente extremamente frustrado e rejeitado e a companheira já não tem mais interesse sexual.
Antes que este quadro se instale, é possível fazer uma autoanálise respondendo as perguntas abaixo sobre sua sexualidade durante os últimos seis meses:
- Acho-me atraente?
- Penso em sexo espontaneamente?
- Os preliminares (carícias, beijos, abraços etc.) me estimulam a continuar a relação sexual?
- Fico lubrificada durante a relação sexual?
- Durante a relação sexual, à medida que a excitação do meu parceiro vai aumentando, também me sinto mais estimulada para o sexo?
- Invento desculpas para evitar relações sexuais?
- Nego-me a ter relações sexuais?
- É difícil eu estar de bom humor para ter relações sexuais?
- Recuso as aproximações sexuais do meu par?
- Finjo estar dormindo para que meu par não tente ter relações sexuais comigo?
- Tenho discussões e brigas com meu par porque não desejo ter relações sexuais?
Se você se identificou com poucas questões, então algumas mudanças no comportamento do casal já seriam suficientes.
Coloque a imaginação em prática para solucionar os problemas relacionados à rotina. Planejar um final de semana a dois num local diferente, mudar os horários e os ambientes em que vocês costumam fazer sexo e tentar colocar alguma fantasia em prática podem ajudar.
Filhos requerem muita atenção, principalmente quando são pequenos, então peça ajuda aos familiares e aos amigos. Habituem deixar as crianças na casa dos seus pais, irmãos ou amigos uma vez por semana. Com a casa vazia vocês poderão tomar um bom vinho, explorar novos espaços, assistir a um filmeque aflore a fantasia do casal e terem uma noite de sexo com qualidade, sem pressa e sem interrupções.
Mas se você respondeu não para a maioria das perguntas de 1 a 5 e respondeu não para as perguntas de 6 a 11 já é hora de buscar a ajuda de um terapeuta sexual.
Para iniciar uma terapia sexual é importante que sejam descartadas quaisquer possibilidades de causas orgânicas, como por exemplo, doenças da tireoide, problemas hormonais, uso de medicação como os psicotrópicos etc. Alguns fatores orgânicos necessitam ser investigados para que o terapeuta tenha certeza de que os fatores que estão influenciando na inibição do desejo do paciente são, exclusivamente, por questões psicológicas.
Pela minha experiência, a maiorias dos fatores que explicam as disfunções sexuais são de origem psicológica e a terapia sexual é o tratamento apropriado.
Trabalhar terapeuticamente os conflitos emocionais e as crenças limitantes do cliente, concomitantemente com as técnicas sexuais que vai realizar na privacidade do seu lar, é de grande importância para o sucesso da terapia. A participação do parceiro também é imprescindível, a fim de se trabalhar os aspectos sexuais como também o relacionamento conjugal.
Uma vida sexual prazerosa e de qualidade melhora o sistema imunológico, reduz o estresse, aumenta a autoestima, melhora a qualidade do sono, aumenta a conexão entre o casal e afeta positivamente o desempenho no trabalho.
Então não abra mão de viver uma vida em sua plenitude. Se você já identificou que algo não vai bem, busque ajuda de um terapeuta sexual.
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