Num processo de divórcio, em última instância, a criança precisa de ouvir e de sentir que não é culpada pela separação. Por esse motivo, ajude-a a expressar emoções, manifestando total disponibilidade para a escutar – acalmando medos, clarificando dúvidas e mal-entendidos e demonstrando amor incondicional.
Frequentemente as crianças associam o divórcio a perda: de um dos pais e/ou da vida que conheciam até então. Promover a partilha e expressão de sentimentos é uma tarefa importante para os pais ajudarem os filhos. Como?
– Encorajando a criança a partilhar o que sente e ouvindo-a plenamente. Poderá ficar surpreendido por ela associar tristeza, perda e frustração a situações que não esperaria.
– Ajudando a criança a dar nome ao que sente. Poderá reparar em alterações no humor e no comportamento, sem que ela verbalize o que está a sentir. Nessas situações, poderá tentar reflectir os sentimentos que parecem estar a dominar e encorajá-la a falar.
– Reparando quando a criança está hesitante em dizer o que verdadeiramente pensa e sente para não magoar os pais. Ajude-a a perceber que a apoia independentemente daquilo que pensa. Se a criança perceber que o que pensa e sente não é bem aceite terá maior dificuldade em aprender a lidar com as sensações desagradáveis.
É usual a criança pensar que, de alguma maneira, tem culpa no divórcio. Por isso é importante que clarifique mal-entendidos. Como?
– Referindo o real motivo subjacente à decisão dos pais, numa linguagem simples e acessível à idade da criança, sempre que tal se justifique e guardando para si os pormenores.
– Reforçando muitas vezes que ambos os pais continuarão a amá-la e que ela não é responsável pela separação.
A consistência das suas palavras e acções é uma importante peça no puzzle do amor incondicional que o seu filho precisa de sentir.
– Ajude a criança a compreender que, apesar da distância física que a nova realidade poderá implicar, ela poderá continuar a ter uma relação equilibrada, saudável e pautada pelo amor com os pais.
– Promova a proximidade física através de abraços, beijinhos e festinhas, ao mesmo tempo que reforça o afecto.
– Seja honesto sempre que a criança partilha preocupações e receios.
Estudar pode compensar! Mas a minha ansiedade faz-me acreditar que não.
Há uns dias atrás lia no jornal Público um artigo com o título "Alunos [...]
Querido Professor…
Querido Professor, Confesse… Aguentaria uma manhã inteira sentado numa secretária, mantendo a sua capacidade [...]