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Se é um procrastinador, se está sempre a adiar e a deixar para “a última” as actividades, as tarefas….tudo, não está sózinho. Pelo menos 95% de nós proscrastinamos pelo menso ocasionalmente e e 15 a 20% fazêmo-lo de forma consistente e problemática. 75% dos estudantes universitários consideram-se procratinadores e 50% são procrastinadores problemáticos. Quantos conhece em processo de conclusão de teses de mestrado ou doutoramento em grande desespero, ângústia e sofrimento porque estão com enormes dificuldades em as concluir?
Estudos realizados por Piers Steel da University of Calgary e Briody’s, demonstraram que a procrastinação tinha muito a ver, entre outros ângulos, com as características da tarefa: Expectactivas, Valor, Impulsividade e Tempo.
Há aspectos muito simples em que nos podemos focar para concluir as nossas tarefas.
- Organizar a lista de coisas a fazer pelo grau de importância;
- Definir limites de tempo: escreva na agenda de que horas a que horas se vai dedicar aquela tarefa;
- Ver-se livre das distrações: esconder o cabo de ligação à internet, o telemóvel ou o smartphone;
- Criar um sistema de recompensa quando concluir as tarefas: sublinhe com caneta fluorescente o que concluiu da “To do List” ou da agenda;
- Definir objectivos de curto prazo aumenta a motivação;
- Definir tarefas diárias e atingíveis em vez de grandes tarefas a longo prazo: é mais eficiente;
- Determinar datas prevísiveis de conclusão;
- Realizar tarefas individuais em vez de estar disperso por muitas tarefas;
- Guardar as tarefas mais gratificantes para último lugar.
E ainda….
Já ouviu falar de “mastigar” uma tarefa, parti-la em partes mais pequenas, que são mais fáceis de concretizar, e a tornam menos assustadora? Quando é que isto resulta? Quando é uma tarefa que queremos mesmo evitar. Uma solução é parti-la em bocadinhos ainda mais pequeninos, e fazê-los um em cada dia.
Imagine que tem que fazer um telefonema para dar a alguém uma notícias desagradável: não entrou na faculdade, não conseguiu o emprego, vai ter que atrasar o pagamento, quer o reembolso….. Veja como pode “micro-mastigar” esta tarefa difícil:
Dia1: Escrever o nome e nº de telefone da pessoa com quem quer falar;
Dia 2: Anotar os pontos chave do que tem para dizer;
Dia 3: Listar as 3 maiores objecções que podem vir do outro lado;
Dia 4: Escrever a forma como vai acabar a chamada : “ Tenho imensa pena mas a realidade é esta”. Planear dizer isto tantas vezes quantas as necessárias para concluir a conversa. Se surgirem mais questões dizer só “ lamento mas não tenho mais nada a dizer, as coisas são assim”;
Dia 5: Fazer o telefonema.
É capaz de descobrir que assim que chegar às etapas 2 ou 3 já está com vontade de fazer o telefonema e completar o processo logo ali. Ótimo!
Se isso não acontecer, quando chegar ao 5º dia estará totalmente preparado e já sem medo de fazer este telefonema.
Ainda umas última palavras. Não seja tão duro consigo próprio!
Perdoar-se a si próprio por procrastinar ajuda a interromper o ciclo. Eu sei que não gosta, que se critica e se coloca muitas vezes para baixo por adiar constantemente o que tem para fazer. Esta auto-culpabilização é contra produtiva. Desculpar-se ajuda a seguir em frente e a não transportar o fardo de erros passados. Reduz as sensações negativas, a culpa e consequentemente a procrastinação pois as expectativas relativamente aos resultados são mais positivas.
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Cristina Sousa Ferreira
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