Bulimia e Ingestão compulsiva
A maioria dos pacientes com bulimia nervosa que chegam à nossa consulta são do sexo feminino, e os sintomas tiveram início no fim da adolescência. Um dos gatilhos para esta doença é muito relacionado com o stress da entrada na universidade ou no mercado de trabalho. O meio ambiente e a genética também podem ter um papel importante no desenrolar deste distúrbio.
A assinatura característica deste transtorno é a ingestão compulsiva, que geralmente se define como a ingestão de uma quantidade inapropriadamente grande de alimentos durante um determinado período de tempo, juntamente com o sentimento de perda do controlo sobre a alimentação. Embora a quantidade de alimentos seja tipicamente grande na bulimia nervosa, a característica predominante em muitas pessoas é a sensação de perda do controlo. Juntamente com a ingestão alimentar compulsiva, a vasta maioria dos pacientes pratica o vómito auto induzido. Este comportamento tem geralmente origem no medo de que a ingestão alimentar compacta resulte em ganho de peso, sendo os vómitos subsequentes vistos como uma forma de eliminar este risco.
A bulimia é diferente da anorexia, e a pessoa quase sempre tem o peso normal ou está ligeiramente acima do peso “ideal”, sendo por isso necessário ficar atento ao aparecimento de comportamentos como:
- Desejo de perder peso, mesmo quando não precisa;
- Vontade exagerada de comer em algumas refeições;
- Prática exagerada de exercício físico com a intenção de emagrecer;
- Ingestão exagerada de alimentos;
- Necessidade constante de ir sempre à casa de banho depois de comer;
- Uso regular de remédios laxantes e diuréticos;
- Perda de peso apesar de aparentar comer muito;
- Sentimentos de angústia, culpa, arrependimento, medo e vergonha depois de comer em excesso.
Quem tem esta doença, tem sempre tendência para tentar esconder o problema e por isso come muitas vezes escondido tudo o que se lembra, não se conseguindo muitas vezes controlar.
Estes são sinais que nos alertam para a necessidade de procurar ajuda e iniciar um processo terapêutico. Se tem estes comportamentos ou conhece alguém que os tenha… está na altura de procurar ajuda.
Na Oficina de Psicologia procuramos a máxima eficácia no tratamento e regulação sintomatógico desta Perturbação do Comportamento alimentar.
Andreia Figueiredo
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