Cada vez mais os segundos casamentos (ou uniões) são recorrentes. Surgem no entanto novos desafios com as novas relações.
Uma união, seja com os filhos ainda crianças ou já adultos, mexe sempre com o casal e cria o receio de magoar algum familiar, seja próximo ou afastado.
Apesar das mudanças nas mentalidades, na cultura e na sociedade, as novas relações ainda são olhadas com muita desconfiança e receios. Assim, há que ter em atenção a algumas das dificuldades ou dúvidas mais persistentes nestas situações, tais como:
– lembrem-se que há ganhos nas novas relações, mas também existem perdas (ex: rotinas, gostos, cumplicidades);
– confiar no novo cônjuge, mesmo quando o anterior não lhe tenha sido fiel;
– saber o que deixa um ao outro desconfortáveis quando se fala do 1º casamento;
– se é uma situação que provoca conflito, definirem (em conjunto) os limites para o contacto com o ex-cônjuge;
– meçam as palavras e as informações partilhadas, evitando comentários maldosos sobre os ex-cônjuges;
– é necessária paciência para lidar com os mitos culturais, como por exemplo “os padrastos/madrastas são más pessoas”, o “amor entre todos é instantâneo”, um novo “filho cria o elo que falta ao novo casamento”.
– as crianças não devem estar “acima de tudo”, mas deve criar-se um envolvimento com elas, explicando-se as razões e sentimentos envolvidos na nova relação;
– as crianças não devem ser usadas como “pombos-correios” entre os pais;
– as disputas de atenção dos meios-irmãos devem ser evitadas e deve-se demonstrar preocupação com os enteados.
Por norma os segundos casamentos são mais pacíficos e menos problemáticos, pois as pessoas estão mais maduras e têm outra abertura para o novo cônjuge. No entanto, estão também mais exigentes e muitas vezes sabem melhor o que não querem numa relação.