Uma relação permite a junção das diversas formas de estar na vida. Mas retirar o que há de melhor dos dois mundos é a tarefa mais complicada…
As nossas personalidades nem sempre são fáceis de descrever. Há pessoas que são descritas como tendo “muita personalidade”. Outras são vistas como pessoas que estão “de bem com o mundo”. Existem as obsessivas e as desleixadas; as pessoas rígidas e as flexíveis… Não é fácil explicar as nossas formas de estar e de viver no mundo e nas relações.
E quando os extremos se encontram numa relação? Como pode o casal lidar com isso? O ideal é retirarem o melhor dos dois mundos, das duas formas de estar. Também pode passar, de forma mais realista, por um equilíbrio de personalidades, em que ambos se aproximam da forma de estar do outro. No entanto, a maioria das vezes os extremos ficam cada vez mais… extremados. Um pode tomar a posição ou comportamentos do outro como um ataque pessoal, uma ofensa, uma falta de respeito, um abuso. Assim, os pólos vão ficando cada vez mais afastados, entrando numa competição ou numa guerra que tem um resultado de utilidade nula para o bem-estar de ambos.
A aceitação será uma estratégia importante a ser utilizada. E para se criar essa aceitação a estratégia poderá passar pela compreensão do seu comportamento – analisar a história da família de origem, os valores familiares, o percurso de vida e os modelos de ambos pode ser deveras importante para essa compreensão. E a compreensão deverá partir de ambos, ou seja, o próprio também deverá perceber as razões porque valoriza certas questões do quotidiano e da vida pessoal. Após a aceitação e compreensão, deverá também haver uma partilha e uma cedência na convivência.
Mas há casais que têm alguma dificuldade em ceder, especialmente quando já estão numa situação “extrema”. Assim, convém que haja um acordo entre ambos, para que percebam quais os benefícios em alterar a sua forma de estar ou, mais importante, a aceitação da diferença, para que surja o melhor de dois mundos de forma “natural”.
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