Como lida com um conflito? Enfrenta-o ou procura evitá-lo sempre que pode? Por mais que tentemos evitar, os conflitos fazem parte da vida. Muitas vezes são os conflitos que nos fazem crescer, que nos empurram para fora da zona de conforto, que nos ajudam a descobrir forças que desconhecíamos ter.
Porém, alguns de nós evitam até aproximar-se da zona de conflitos. Por vezes é falta de autoconfiança, pois faz-nos sentir que não somos capazes de nos defendermos e, por isso, a fuga acaba por ser o caminho mais fácil.
Como podemos então lidar com o conflito da melhor forma?
– Respeite os seus interesses e os da outra parte. A insegurança pessoal e a vulnerabilidade induzem, normalmente, a uma tendência de “ganhar-perder” que pode refletir-se no evitamento do conflito. É necessário enfrentar o conflito de uma maneira moderada, já que irá proporcionar um confronto construtivo entre as partes envolvidas.
– Faça a distinção entre “interesses” e “posições”, em que as posições podem ser opostas mas os interesses em questão não.
– Desvende os seus interesses e os da outra parte de forma a reconhecer os interesses comuns e compatíveis que ambas as partes partilham, o que faz com que haja uma relação empática e que facilita a resolução do conflito.
– Determine os interesses em conflito entre as partes envolvidas como um problema de ambos, a ser esclarecido de modo cooperativo.
– Na interação comunicacional com a outra parte, ouça de forma atenta e fale de modo compreensível, para facilitar uma comunicação deveras essencial para uma resolução eficaz do conflito.
– Considere os enviesamentos, distorções percetivas, juízos erróneos e pensamento estereotipado que normalmente se fornecem a ambas as partes no decorrer do conflito.
– Aumente competências para lidar com os conflitos difíceis de maneira a não se sentir desconfortável ou desesperado quando o conflito é com pessoas mais poderosas.
– Explique detalhadamente ao oponente quais das suas ações o estão a incomodar e mostre-lhe os efeitos que as mesmas produzem.
– Será cauteloso não corresponder ao comportamento prejudicial do oponente, evitando ataques pessoais, ou seja, criticar o comportamento e não a pessoa.
– Conheça-se e saiba como tipicamente responde em diferentes tipos de situações de conflito.
E lembre-se de que a forte adesão dos litigantes aos seus valores morais fundamentais pode ser um inibidor da espiral do conflito e das consequentes destruição e violência.