validada, é comum encontrarmos pessoas cujas as famílias criticam e acham bobagem a
pessoa encontrar-se triste, desmotivada, infeliz e angustiada, mesmo quando todos os campos
da sua vida aparentemente estão bem. A depressão é vista como uma fraqueza para 54% da
população, mas não é bem assim, e hoje vamos desmistificar essa patologia que tem se
tornado comum na nossa sociedade.
O transtorno depressivo se distingue da tristeza não patológica de modo quantitativo, em
intensidade e profundidade, ela é caracterizada por um período prolongado de humor triste,
vazio ou irritável. A depressão é transversal a todos as competências pessoais, prejudica o
desempenho social e o sujeito tem a percepção do seu estado afetivo estar inalterado.
O cérebro deprimido apresenta alterações significativas, há um desequilíbrio entre os
hemisférios cerebrais, o direito torna-se mais ativo, enquanto o esquerdo se retrai. O
hipocampo também se altera, tornando menos ativo, gerando letargia por não organização dos
movimentos. A amígdala é mais acionada, intensifica medo e ansiedade, passando a enviar
mensagens negativas ao córtex cerebral. Há, também, uma deficiência no nível dos
neurotransmissores cerebrais (serotonina, noradrenalina e dopamina), e isso dificulta a
comunicação entre os neurônios.
Quando pensamos nas alterações relacionadas à depressão encontramos dificuldade de
concentração, pensamento negativo, baixa autoestima, lentificação motora e de fala,
inquietação, irritabilidade, aparecimento de transtornos relacionados ao sono (insônia ou
hipersônia), mudanças no apetite, perda da motivação e vitalidade, diminuição da libido e da
função sexual.
Para a depressão ser diagnosticada, levando em consideração o DSM – V, o sujeito deverá
apresentar cinco ou mais sintomas durante 2 semanas ou maior período, que representem uma
mudança em relação ao funcionamento anterior do sujeito e pelo menos um dos sintomas
deverá ser humor deprimido ou perda de interesse e prazer:
1. Humor deprimido (sentimento de tristeza, vazio, pouca esperança) na maior parte do dia,
quase todos os dias. Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável.
2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades.
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta.
4. Insônia ou hipersonia quase todos os dias.
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias.
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada.
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias.
9. Pensamentos de morte recorrentes, ideação suicida recorrente sem plano, uma tentativa de
suicídio ou plano.
A depressão não é algo bobo como dizem por aí. Ela é uma doença, assim como a diabetes ou
a hipertensão, deverá ser tratada em conjunto por médico e psicólogo. É importante ressaltar
que a depressão pode afetar pessoas de todas as idades, prevalecendo na faixa adulta, sendo
mais frequente em mulheres.
Se conhece alguém que esteja passando por isso, não deixe de alertá-lo da importância do
tratamento correto para esses casos. Na Oficina de Psicologia você encontra um time de
psicólogos e psiquiatras que poderão auxiliar nesse período.
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Desmistificando a Depressão
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