O pai é uma figura fundamental na vida de qualquer criança desde o seu nascimento. No entanto, durante os primeiros meses de vida do bebé o pai tende a ficar nos bastidores da relação que se começa a estabelecer com a mãe, como se.. tivesse receio de incomoda-los!
O pai tem desde o momento da gestação um papel essencial: participar nas ansiedades da mãe, ajuda-la a ensaiar a chegada do bebé e proporcionar o máximo de segurança familiar. Um pai presente e atencioso representa mais auto-estima, mais confiança e equilíbrio. Apesar da sua desvantagem fisiologica, a mãe pode ajuda-lo a criar um lugar na gravidez, para que não se sinta excluído. Muitas mulheres ainda se referem à gravidez com exclusividade e, ao mesmo tempo, ressentem-se pela indiferença dos seus parceiros. Vivenciar a dois as emoções, receios, desejos e fantasias associadas ao nascimento de um bebé é uma forma de aproximar o casal e prepara-lo para a realidade de responsabilidades que deverão ser assumidas posteriormente.
Depois do nascimento, a mãe deve estimular o pai a participar nos banhos, alimentação, troca de fraldas, passeios, consultas.. bem como estar em contacto e disponível emocionalmente para o bebé sobretudo nos momentos em que está acordado.
A partir dos 12 meses, a presença do pai já começa a ser mais regular, tornando-se uma referência de autoridade e identificação masculina. Pois, apesar de estar mais afetivo, o pai ainda é muito responsável pela colocação de regras e limites, construção de autonomia e independência (ao contrário da mãe que tem uma tendência para proteger demais). A diferença é que antes, a autoridade paterna era acompanhada de medo. Hoje, o processo ocorre de forma mais saudável, já que os pais não se fazem entender apenas pela força ou pelos gritos. O que não pode acontecer é tornar-se muito permissivo, pois quando isso acontece, as crianças tornam-se desobedientes, autoritárias e inseguras. Por isso, atenção! Paciência e carinho não significam falta de disciplina… Aprender a dizer NÃO e fazer o seu filho assumir os seus actos são grandes demonstrações de amor, já que sem limites o seu filho sentir-se-á perdido!
Mais tarde, a criança entra para a Escola e é aqui que expressa grande parte dos seus comportamentos; quando as atitudes ultrapassam determinados limites.. os pais são chamados à Escola! O pai deve incluir-se neste processo tanto quanto a mãe, embora muitas vezes, por falta de disponibilidade, seja a mãe a principal representante da criança na Escola. Lembre-se que a educação do seu filho não é uma simples distribuição de tarefas entre mãe e pai.. é uma partilha de actividades e poder entre os dois! Para além disso, participar activamente na vida do seu filho permite-lhe ganhar a proximidade suficiente para se aperceber de momentos críticos mais tarde, nomeadamente na adolescência!
Felizmente, os homens estão mais conscientes e assumem a paternidade de modo mais responsável, valorizando a importância da sua participação na vida dos seus filhos, o que certamente produzirá diferença nas gerações futuras.