Observar a tragédia pode gerar imagens que se comportam como imagens traumáticas. Permanecem na nossa cabeça, tomando-nos de assalto, sem nenhuma “com licença”. Estraga-nos o humor, abalam-nos e mantêm-nos de pestana aberta e coração apressado, quando não apertado.

E cada vez mais o espaço noticioso onde a informação passa é mais explícito e mais prolífico – em vídeos e imagens, com tudo o que é preciso, na sua exploração do demasiado horrível para ser traduzido em palavras.

Para todos aqueles que se sentem dominados por imagens destas, referentes aos incêndios trágicos, e se apercebem que seria uma boa ideia dar um empurrão ao organismo para as digerir e as retirar do primeiro plano da consciência, temos uma intervenção rápida, com uma técnica denominada EMDR, especialmente adequada para “conversar” com o cérebro e dar-lhe instruções de um processamento saudável de informação traumática ou potencialmente traumática, esta é uma oportunidade que decorre em Lisboa.

Inserida no esforço de apoio à comunidade que a Oficina de Psicologia tem vindo a fazer, na sequência destes terríveis acontecimentos, trata-se de uma intervenção em grupo, que se destina a potenciar a prevenção de trauma vicariante (observado em terceiros), aberta a todos os adultos, e inteiramente gratuita.

Tem a duração de 1 hora e meia e destina-se a processar exclusivamente imagens relacionadas com os incêndios de Pedrógão em pessoas que não tiveram qualquer relação directa ou indirecta com esta tragédia, mas estão presas de imagens observadas em relatos noticiosos, vídeos e fotografias constantes em redes sociais, etc.

Mínimo de 10 pessoas e máximo de 20.

Requer inscrição, por uma questão de controlo de nº de inscritos.

Dinamizadora: Madalena Lobo, terapeuta e supervisora de EMDR.

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